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Totvs volta à mesa para comprar a Linx — agora, com exclusividade

Empresas celebraram termo para negociação da potencial transação durante um período de exclusividade

Linx: em balanço do 4º tri, a Stone avaliou negócio em R$ 4,05 bilhões (Linx/Divulgação)
Linx: em balanço do 4º tri, a Stone avaliou negócio em R$ 4,05 bilhões (Linx/Divulgação)

Publicado em 25 de abril de 2025 às 20:00.

Última atualização em 25 de abril de 2025 às 22:11.

A Totvs retomou as negociações com a Stone pela compra da Linx, negócio de softwares para varejistas trazendo de volta pra mesa a possibilidade de uma venda que já tinha sido descartada pela própria empresa de meios de pagamento.

Em fato relevante publicado na noite desta sexta, 25, a Totvs informou que celebrou com a Stone termo para negociação com um período de exclusividade.

A Totvs, que competiu com a Stone pela compra da Linx em 2021, sempre foi aventada como um dos nomes mais óbvios para a aquisição. Mas, em fevereiro, soltou um fato relevante afirmando que tinha desistido do processo.

O documento, na época, tinha sido interpretado como uma espécie de ultimato da Totvs.

Fontes que acompanham a transação afirmam que a Stone vinha jogando duro em relação a valuation com a Totvs, afirmando que tinha propostas mais interessantes de outros proponentes para conseguir um preço melhor.

A Totvs decidiu sair de cena publicamente — em tese, obrigando a Stone mostrar se realmente propostas assim tão interessantes.

No balanço do quarto trimestre, a Stone informou que tinha desistido da venda por ora porque nenhuma das propostas atingiu o “valor intrínseco” que ela enxergava na Linx.

Com excesso de capital e quase R$ 5 bilhões em caixa, de fato, a empresa de pagamentos não precisava ter pressa na venda do ativo.

No mesmo balanço, fez uma baixa contábil de R$ 3,5 bilhões na Linx, reduzindo o valor do braço de softwares de R$ 7,5 bilhões para R$ 4 bi.

A retomada da negociação com a Totvs sugere, segundo gestores ouvidos pela Exame, que o valor oferecido pela empresa de tecnologia não deve estar tão abaixo do que a própria Stone determinou no impairment do balanço do quarto trimestre.

“No final, se conseguir vender por R$3 bilhões ou um pouco mais, vai ter sido um desfecho melhor do que o esperado pelo mercado lá no começo”, diz um gestor que acompanha a empresa.

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Acompanhe:

Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.

Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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