Cristina Alvarenga, a nova Head da Cornershop by Uber no Brasil (Foto/Reprodução)
Fundada em 2015 pelo sueco Oskar Hjertonsson, a startup chilena de compras de supermercado, Cornershop, chegou ao Brasil em fevereiro de 2020, e no momento onde completa um ano de operação no país, divulgou com exclusividade à Exame um intenso plano de expansão geográfica e de novas parcerias com varejistas.
Fortalicida com a expertise da Uber – a americana comprou 51% de seu capital em outubro passado –, o novo anúncio tem relação com os bons resultados de 2020: o setor de delivery foi essencial na manutenção do isolamento social e, por consequência, conseguiu expandir em usuários e ganhou tração geográfica.
Entram na área de atendimento da Cornershop, até o mês de agosto, 17 novas localidades, são elas: Aracaju (SE); Belém (PA); Campo Grande (MS); Cuiabá (MT); João Pessoa (PB); Jundiaí (SP); Macaé (RJ); Maceió (AL); Natal (RN); Novo Hamburgo (RS); Piracicaba (SP); Presidente Prudente (SP); Ribeirão Preto (SP); São José do Rio Preto (SP); São José dos Campos (SP); Sorocaba (SP); Taubaté (SP). No total, 70 municípios serão alcançados pelos serviços do aplicativo.
A chegada à novas cidades não foi exatamente um problema. Embora mantenha operações e aplicativos separados em relação ao Uber, a Cornershop compartilha das informações de inteligência do gigante, o que acaba dando uma boa noção sobre como funciona a cabeça dos consumidores.
"Todas as cidades serão atendidas por produtos oferecidos por mais de 700 varejistas, de grandes redes de supermercado a pequenas lojas especializadas. Muitos destes que estão entrando agora no aplicativo, permitindo que usuários recebam exatamente o que querem a preços competitivos", disse Cristina Alvarenga, a nova Head da Cornershop by Uber no Brasil.
Um bom exemplo de parceiros que desembarcam no app é o Grupo Pão de Açúcar, antes exclusivo do app James. Agora, ao todo, mais de 250 lojas das redes Extra e Pão de Açúcar em todo o Brasil podem ser acessadas pela plataforma Cornershop e também pelos apps da Uber e do Uber Eats, na funcionalidade “Mercado”.
E para manter o mesmo ritmo depois que muito dos usuários se sentirem mais confortáveis em voltar às compras fisicamente, a Cornershop garante que pode consolidar a base de novos clientes servindo um atendimento especializado como diferencial. Nessa área, a aposta é nos “shoppers” – os profissionais que realizam as compras e as entregas das mercadorias.
Diferente dos concorrentes como o Rappi e iFood, a Cornershop gerencia um modelo em que o comprador e entregador são uma figura só e que é dedicada à personalização dos pedidos, gerando um atendimento de maior contato com os usuários.
"A gente não acredita que só o contexto de pandemia é suficiente pra crescer. É preciso entender a relação do consumidor com o supermercado. Por isso miramos em tornar confortável pro consumidor delegar o ato de compra pra alguém. Catálogo, facilidade, processo de seleção, e o shopper que vai tirar dúvidas e acertar o pedido. Toda essa linha vai ajudar a Conershop a se adaptar e se aprimorar dentro desse mercado que ainda é tão recente", afirma Cristina.
O setor de entregas não é mais o mesmo de poucos anos atrás, onde era dominado por startups pioneiras. Agora, jovens empresas, estrangeiras ou não, compete contra gigantes varejistas que dominam o e-commerce há anos. Lista-se aí: Magazine Luiza que comprou o app Aiqfome, especializado em fazer entregas de restaurantes em cidades no interior do Brasil; B2W que tem parceria com a Supermercado Now, de entregas de compras. Stone com um investimento na gaúcha Delivery Much. Além da expansão dos já experientes iFood e Rappi.