Taciana Pereira: é possível usar a bioimpressão 3D para testar medicamentos de forma mais ágil (Taciana Pereira/Divulgação)
Filipe Serrano
Publicado em 4 de dezembro de 2020 às 07h02.
Última atualização em 4 de dezembro de 2020 às 08h56.
Formada na Universidade Harvard, a cientista brasileira Taciana Pereira trabalha há cerca de três anos desenvolvendo equipamentos capazes de “imprimir” tecidos biológicos com células humanas. Os objetos, em três dimensões, funcionam como mini-órgãos ou reproduzem uma parte de um órgão humano, como o pulmão, e têm sido cada vez mais utilizados em pesquisas científicas nos países desenvolvidos.
Esse tipo de solução de bioimpressão 3D ajuda a acelerar a pesquisa de medicamentos, uma vez que é possível testar a ação de novos compostos em células humanas num ambiente mais parecido com o que é encontrado na realidade.
Em entrevista ao podcast EXAME Inovação – programa especial sobre empreendedorismo, novas tecnologias e novos modelos de negócio –, a cientista Taciana Pereira fala dos avanços no campo da bioimpressão 3D nos últimos anos e de como essa nova técnica pode revolucionar a medicina regenerativa e a pesquisa de remédios, incluindo aqueles usados no combate ao coronavírus.
“Tem muitos medicamentos que acabam falhando quando chegam na fase de ensaios clínicos, em seres humanos. A bioimpressão é uma resposta para isso. É possível imprimir o tecido e conseguir uma resposta muito mais parecida com uma resposta humana, para ter uma testagem mais rápida”, diz Taciana Pereira, nascida em Curitiba e que hoje é cientista chefe da startup Allevi, nos Estados Unidos, empresa que fabrica bioimpressoras 3D.
Em conversa com editor da EXAME, Filipe Serrano, a cientista falou que num futuro próximo, a expectativa é que a tecnologia possa ser usada para imprimir órgãos humanos completamente funcionais, ajudando as pessoas que esperam por transplantes.
Ouça a entrevista completa, no podcast EXAME Inovação no Spotify e nas principais plataformas de podcasts.