Inovação: nova técnica permite que robôs se regenerem de forma autônoma (DKosig/Getty Images)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 31 de março de 2021 às 12h51.
Última atualização em 31 de março de 2021 às 14h05.
Parece ficção científica, mas não é. Uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, está trabalhando no desenvolvimento de uma tecnologia que permite que robôs possam se consertar de forma autônoma. Os pesquisadores inclusive já criaram alguns robôs nadadores que podem se regenerar de danos sofridos em suas estruturas.
Com a liderança de Joseph Wang, a equipe relatou o feito em um estudo científico publicado na American Chemical Society. Ao que é descrito, a incorporação de micropartículas magnéticas Nd2Fe14B em tiras impressas especializadas auxilia o robô a se reorientar e consertar estruturas de propulsão danificadas.
Em outras palavras, os robôs contam uma espécie de barra magnética acoplada. Caso sejam partidos ao meio, o efeito de ímã poderá fazer com que as partes se juntem novamente para que sejam consertadas, como mostra este vídeo:
“A nova estratégia de autocura representa um passo importante em direção ao desenvolvimento de novas estratégias de reparo “on-the-fly” para nadadores robôs em pequena escala”, informa um dos trechos da pesquisa.
A ideia é que esta nova tecnologia seja incorporada em robôs pequenos, que medem até 2 cm e feitos de polímeros quebradiços ou hidrogéis macios, que podem rachar ou rasgar facilmente e que seriam utilizados na limpeza de ambientes de difícil acesso e também para funções médicas, como a realização de microcirurgias.