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De analista financeira a diretora de ESG: conheça a trajetória de Renata Faber

Renata Faber trocou o mercado financeiro pelo ESG, motivada por impacto social e legado sustentável

Renata Faber é diretora de ESG na EXAME e apresenta o pré-MBA

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Publicado em 29 de agosto de 2024 às 20h31.

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Ocupar um cargo de liderança é o sonho de muitos profissionais, mas o caminho para chegar até lá nem sempre é óbvio – e muitas vezes passa pela corajosa decisão de realizar uma transição de carreira.  É justamente isso que mostra a história da executiva Renata Faber. 

Com mais de 20 anos de experiência no mercado financeiro, ela é formada em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e, por muito tempo, trabalhou como analista financeira em um dos maiores bancos do país, tendo sido reconhecida anualmente, de 2005 a 2017, como uma das melhores analistas da América Latina pelo ranking da Institutional Investor.

“Já tinha passado por grandes empresas, construído uma ampla rede de contatos no mercado de capitais e um bom relacionamento com investidores do mundo inteiro, mas tinha uma inquietação que me fazia querer ir além”, conta.

E foi dessa inquietação que começou o movimento que levou Renata à cadeira que ocupa hoje: de diretora de ESG da EXAME.

Além disso, atualmente a executiva também é professora dos cursos Introdução ao ESGNet Zero Investimentos Sustentáveis, da Faculdade EXAME, e mentora da série Jornada ESG: Carreira em Sustentabilidade, um treinamento gratuito que mostra o caminho para profissionais que desejam ingressar na área.

Acompanhe os detalhes dessa história abaixo.

Trajetória

O tema sustentabilidade geralmente vem atrelado a propósito de vida e futuro. Talvez sejam esses os conceitos que inicialmente despertam a curiosidade das pessoas em conhecer mais sobre o tema e, por fim, adotar as práticas ESG (Ambiental, Social e de Governança) como estilo de vida e profissão.

Como Renata, não foi diferente. O flerte da executiva com o ESG começou  em 2010. Ela conta que uma de suas responsabilidades na empresa em que trabalhava na época era passar e repassar alguns questionários de investidores europeus sobre ESG. Com o tempo, ela começou a tentar e querer entender porque eles se interessavam tanto pelas causas ambientais, sociais e de governança e descobriu.

“Foi nessa época que eu comecei a me interessar e percebi que, de fato, era um tema que ia crescer bastante, que tinham questões, como mudanças climáticas, que só iam piorar, ainda mais que naquela época pouco se falava sobre o assunto, ou muito menos do que é falado hoje”, relembra.

Um incentivo a mais

O nascimento de sua filha em 2017 foi um acontecimento-chave para sua transição de carreira. “Eu já queria trabalhar com ESG”, comenta. Pensar em como seria o mundo que sua filha iria herdar foi o incentivo que faltava para atender a um desejo que já pairava sobre seu coração. “Quando você vê todos os estudos científicos sobre mudanças climáticas e o impacto que isso vai ter nas próximas décadas me questionei sobre o mundo que quero deixar para elas”, finaliza.

Ela ainda comenta que além das causas ambientais surgiram outros interesses dentro do ESG. “Depois disso eu comecei a me interessar também pela questão da diversidade. Em um primeiro momento a de gênero, mas logo em seguida a racial começou a me sensibilizar bastante.”

Faber também mencionou o etarismo como uma de suas causas dentro da diversidade. “A gente precisa resolver e lutar para resolver essa questão”, diz.  

Os desafios

Renata relembra que, desde 2010, um dos maiores desafios de trabalhar com ESG é provar a aplicabilidade das ações e avançar em iniciativas do setor privado, o que implica em conseguir convencer líderes e CEOs da importância da sustentabilidade na organização e que o investimento em ESG tratá retorno

Outro ponto abordado pela executiva é a alta demanda por profissionais qualificados na área. “Também existe o desafio de formação. E o que eu acho mais legal da carreira até agora é como a EXAME conseguiu falar sobre ESG de uma forma simples e acessível, que faz com que a gente tenha tantos leitores fiéis”, diz.

Opinião sobre o futuro 

Relatório do Fórum Econômico Mundial aponta que o especialista em ESG é a segunda carreira na lista das profissões do futuro e devem surgir 1 milhão de novas vagas na área até 2027. As expectativas da diretora de ESG da EXAME estão alinhadas com o mercado. 

“Acho que o tema ESG vai continuar crescendo, tem muitos temas dentro dessa pauta que ainda estão engatinhando no Brasil, como economia circular e finanças sustentáveis. Além disso, a gente ainda tem sérios problemas de diversidade e inclusão que estamos longe de resolver”. 

Acredita-se que, atualmente, o papel do profissional ESG é construir uma cultura organizacional forte diante da importância das pautas sustentáveis, sociais e de governança. Para o futuro, espera-se mais maturidade. “Acredito que no futuro ele vai ser quase como um consultor interno porque a essência do ESG já vai estar na cultura da empresa e no dia a dia dos colaboradores”, finaliza.

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