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Reservas de passagens para a Tailândia caem após golpe

Os dados sobre a queda nas reservas de passagens estavam circulando em uma reunião global de companhias aéreas em Doha


	Soldados na Tailândia: o exército assumiu o governo em 22 de maio
 (Athit Perawongmetha/Reuters)

Soldados na Tailândia: o exército assumiu o governo em 22 de maio (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2014 às 14h24.

Doha - O agendamento de passagens aéreas para a Tailândia entrou em colapso, disse uma associação de viagens neste domingo, depois de o exército assumir o governo em 22 de maio, afetando o setor de turismo que representa 10 por cento da economia do país.

O golpe ocorreu após meses de protestos que enfraqueceram o governo do primeiro-ministro Yingluck Shinawatra, forçaram o fechamento de ministérios por semanas a fio, feriram a confiança de empresários e geraram um encolhimento na economia. Em 19 de maio, havia cerca de 28 mil reservas para a Tailância por dia, de acordo com dados da Associação de Viagens da Ásia Pacífico (PATA, na sigla em inglês), vistos pela Reuters. Em 23 de maio, porém, o cálculo diário estava em 5 mil cancelamentos.

Mesmo antes de o exército assumir o governo, a Autoridade de Turismo da Tailândia havia reduzido sua estimativa de entrada de estrangeiros neste ano para uma mínima em cinco anos de 26,3 milhões, com os conflitos políticos desencorajando visitantes.

Os dados sobre a queda nas reservas de passagens estavam circulando em uma reunião global de companhias aéreas em Doha, onde executivos da indústria estão preocupados com o impacto da instabilidade política na Tailândia e na Ucrânia na demanda por viagens.

Reservas de curta distância de países como a China, onde as pessoas costumam reservar viagens com algumas semanas de antecedência, foram especialmente afetadas, disse Martin Craigs, diretor-executivo da PATA, à Reuters. As reservas de longa distância não caíram tanto pois os viajantes tendem a reservar com maior antecedência, disse ele.

Craigs disse que autoridades do turismo falaram com o exército tailandês para destacar que o setor é central para economia e pedir a revogação do toque de recolher em todo o país, atualmente em vigor da meia-noite às quatro da manhã.

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