Vladimir Putin: o presidente russo também destacou o novo míssil de cruzeiro hipersônico Zircon (Contributor/Getty Images)
AFP
Publicado em 21 de dezembro de 2022 às 12h25.
Última atualização em 21 de dezembro de 2022 às 13h19.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira, 21, que continuará a desenvolver o potencial militar, incluindo a "preparação de combate" de suas forças nucleares, no contexto da ofensiva contra a Ucrânia e da crise com o Ocidente.
"As Forças Armadas e as capacidades de combate de nossas Forças Armadas aumentam constantemente a cada dia. E vamos desenvolver esse processo, é claro", disse Putin durante uma reunião com os principais comandantes do Exército.
"Continuaremos a manter e melhorar a preparação de combate da nossa tríade nuclear" (mísseis lançados de silos terrestres, de submarinos de navegação e de aeronaves aéreas), acrescentou.
O presidente russo também destacou o novo míssil de cruzeiro hipersônico Zircon, que as tropas russas poderão começar a usar no início do ano.
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"No início de janeiro, a fragata 'Almirante Gorshkov' será equipada com o novo míssil Zircon, que não tem equivalente no mundo", disse Putin.
O conflito, iniciado há dez meses, é uma "tragédia compartilhada", nos termos do presidente, mas da qual a Rússia não é responsável.
"O que acontece é, claro, uma tragédia. Uma tragédia compartilhada. Mas não é o resultado da nossa política, é o resultado da política de terceiros países", afirmou.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que as tropas russas lutam na Ucrânia contra as "forças conjuntas do Ocidente".
Neste contexto, é "necessário" aumentar o efetivo do seu Exército para 1,5 milhão de soldados e aumentar o limite de idade para o serviço militar, disse o responsável.
Ele também anunciou que Moscou planeja estabelecer bases navais para apoiar sua frota em Mariupol e Berdiansk, duas cidades no Mar de Azov que a Rússia ocupa no sul da Ucrânia.
"Os portos de Berdyansk e Mariupol estão totalmente operacionais. Planejamos estabelecer bases lá para navios de apoio, serviços de resgate de emergência e unidades de reparo naval", afirmou.
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