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Para ministro, mudança no Reintegra gera imprevisibilidade

"Foi um mau sinal na medida em que você gera instabilidade às regras, previsibilidade é muito importante e isso afeta o cálculo econômico do exportador", disse


	Armando Monteiro: O governo decidiu reduzir ainda mais a alíquota do Reintegra. Após diminuir o benefício de 3% para 1%, a equipe econômica definiu que uma nova redução era necessária e, para 2016, cortou o benefício de 1% para 0,1%
 (Pedro França/Agência Senado)

Armando Monteiro: O governo decidiu reduzir ainda mais a alíquota do Reintegra. Após diminuir o benefício de 3% para 1%, a equipe econômica definiu que uma nova redução era necessária e, para 2016, cortou o benefício de 1% para 0,1% (Pedro França/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 17h17.

Brasília - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro, se mostrou insatisfeito com as decisões anunciadas pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, no que se refere ao seu setor.

Segundo Monteiro, ele não participou das negociações. O ministro disse ainda que a redução da alíquota do Reintegra foi um mau sinal e gera imprevisibilidade ao setor exportador.

"Foi um mau sinal na medida em que você gera instabilidade às regras, a previsibilidade é muito importante e isso afeta o cálculo econômico do exportador", afirmou, ao sair de uma reunião com o dirigente da Fazenda, nesta quarta-feira, 16.

O governo decidiu reduzir ainda mais a alíquota do Reintegra. Após diminuir o benefício de 3% para 1%, a equipe econômica definiu que uma nova redução era necessária e, para 2016, cortou o benefício de 1% para 0,1%.

Monteiro preferiu não expressar uma opinião direta sobre a decisão do governo. "Eu não tratei desse tema, acho que esse tema corresponde a uma decisão do governo e não queria me manifestar sobre isso", disse.

Sobre o Sistema S, que também sofreu alterações, o dirigente do MDIC frisou que também não participou das negociações. Para ele, a decisão de alterar as regras para o sistema teria sido melhor encaminhada de forma negociada.

"O sistema, por todas as razões, compreende as dificuldades que o País vive e haveria disposição para oferecer contribuição a partir de um modelo negociado, de parceria", ressaltou.

"Modelo da solução negociada e da parceria é sempre o melhor modelo. Eu não posso falar pelo governo porque não decidi e não encaminhei", afirmou o ministro, que já foi presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Balança

Em uma perspectiva otimista, Monteiro reafirmou que a balança comercial terminará o ano com um saldo positivo e fez projeções melhores para o resultado final.

"Eu disse, há algum tempo, que poderíamos chegar a US$ 12 bilhões de superávit. Acho que, muito provavelmente, vai passar dos US$ 12 bilhões", finalizou.

O ministro evitou falar sobre a CPMF, que também faz parte das medidas para aumento de receita anunciados na segunda-feira pelo governo.

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