Agência de notícias
Publicado em 19 de janeiro de 2025 às 14h59.
Morreu na manhã deste domingo, 19, a carnavalesca Márcia Lage, aos 64 anos, no Rio de Janeiro. Ela enfrentava uma leucemia. Tendo passado por Portela, Mangueira, Império Serrano, Salgueiro, Grande Rio e mais escolas de samba, Márcia foi, junto com o marido Renato Lage, um dos nomes mais importantes do carnaval carioca das últimas décadas.
No último ano, os dois voltaram para a Mocidade Independente de Padre Miguel, onde trabalharam para a realização do desfile deste ano, cujo enredo é “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”.
"A Mocidade Independente de Padre Miguel informa, com profundo pesar, o falecimento da carnavalesca Márcia Lage. Vítima de leucemia, a brilhante profissional nos deixou na manhã deste domingo, dia 19 de janeiro. Márcia colocou o seu talento a serviço da Mocidade por diversos carnavais. Novamente, em trabalho conjunto com Renato Lage, ela assina o carnaval de 2025. Comunicamos o luto e a suspensão das nossas atividades sociais por tempo indeterminado, incluindo o ensaio de rua de hoje", publicou o perfil da escola no Instagram.
Na Mocidade, Márcia e Renato foram campeões em 1990, 1991 e 1996. Zé Paulo Sierra e Fabíola de Andrade, intérprete e rainha de bateria da escola, também homenagearam a carnavalesca. "Descanse em paz, Márcia, seguiremos honrando seu trabalho e todos os dias até o desfile faremos muito mais por você. Que Deus te receba na luz e conforte nossos corações", escreveu Zé Paulo.
"Márcia Lage, sua partida deixa um vazio profundo em nossos corações, mas sua luz e legado permanecerão eternamente em nossas memórias. Que sua jornada seja de paz, e que, de alguma forma, possamos continuar a honrar sua vida com amor e gratidão. Descanse em paz", publicou Fabíola.
Outras escolas, como Beija-Flor e São Clemente, também prestaram suas homenagens na publicação da Mocidade. A escola de Nilópolis destacou "o legado gigantesco" que Márcia deixa para o carnaval carioca, "por toda a sua dedicação à nossa cultura".
Ao longo da carreira, Márcia venceu dezenas de prêmios, incluindo o Estandarte de Ouro (por três vezes: 2006, 2013 e 2016, todas pelo Salgueiro, como "Melhor enredo").