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Minerva (BEEF3) propõe aumento de capital de R$ 2 bilhões

Os dois principais acionistas do grupo se comprometeram a garantir, no mínimo, R$ 1 bilhão na operação

Reunião sobre a proposta de aumento de capital vai acontecer no final de abril (Ricardo Benichio/Exame)

Reunião sobre a proposta de aumento de capital vai acontecer no final de abril (Ricardo Benichio/Exame)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 7 de abril de 2025 às 20h55.

A Minerva Foods (BEEF3) anunciou uma proposta de aumento de capital no valor de até R$ 2 bilhões. A decisão foi tomada em reunião do Conselho de Administração da empresa e será submetida à Assembleia Geral Extraordinária (AGE), prevista para 29 de abril.

O aumento de capital, que visa fortalecer a posição financeira da companhia, contempla a emissão de 386,8 milhões de novas ações ordinárias a um preço de emissão de R$ 5,17 por ação média dos 60 pregões anteriores., desconto de 20% em relação ao fechamento de hoje, R$ 6,44. Caso o montante total não seja alcançado, a empresa permitirá a subscrição mínima de R$ 1 bilhão.

Os acionistas atuais terão direito de preferência na compra das novas ações, garantindo que não haja diluição caso exerçam sua preferência integralmente. Além disso, a Minerva está oferecendo Bônus de Subscrição como vantagem adicional aos subscritores das ações, com um bônus sendo concedido a cada duas ações adquiridas. Cada bônus permitirá a subscrição de uma ação ordinária adicional.

Acionistas

A empresa também anunciou que os acionistas Salic International Investment Company e VDQ Holdings S.A. se comprometeram a subscrever e integralizar, no mínimo, o valor da subscrição mínima - ou seja, R$ 1 bilhão. Essa estratégia visa garantir o sucesso do aumento de capital, mesmo que a demanda seja inferior ao montante máximo previsto.

Hoje, a família Vilela de Queiroz tem 23% do capital por meio da holding VDQ, enquanto o Salic tem cerca 31%. Após o aumento de capital, a família ficaria com 26,3% e o Salic seria diluído para 24,9% - no caso de mais de 90% da oferta ser aprovada.

Alavancagem

Alavancagem ainda é preocupação A geração de caixa é crucial para reduzir o endividamento da companhia.

A Marfrig encerrou o ano passado com uma dívida líquida de R$ 15,6 bilhões, contra R$ 8,9 bilhões no terceiro trimestre – um avanço explicado em grande parte pelo pagamento dos ativos da Marfrig. A alavancagem era de 5 vezes dívida líquida/EBITDA.

"O aumento de capital e a distribuição de bônus visam reforçar a estrutura de capital da Minerva, possibilitando novos investimentos e ampliando sua capacidade de crescimento no mercado de carne bovina. A proposta está alinhada com os esforços da empresa para continuar sua expansão e melhorar a rentabilidade, além de reforçar a confiança no mercado financeiro", informou a empresa em fato relevante.

A negociação dos Bônus de Subscrição será realizada na B3, com expectativa de que os bônus sejam negociados nos mercados regulamentados de valores mobiliários após a emissão. O período de validade dos bônus será de três anos.

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