Cadeira em escritório, vazia (Goodshoot/Thinkstock/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2022 às 09h00.
Levantamentos de RH, pesquisas de tendência para 2023 e estudos sobre o futuro do mercado de trabalho são unânimes ao apontarem um mesmo setor como o campeão de vagas para especialistas no próximo ano: o mercado ESG.
O tema da sustentabilidade e da responsabilidade social e corporativa, que antes era visto por muitos como acessório, tem se mostrado obrigatório para o sucesso de uma empresa. Para não ficar para trás, empresas do mundo todo têm dedicado tempo e dinheiro para transformar colocar a teoria em prática, através da criação de setores ESG dentro de suas organizações.
No entanto, o que parecia uma tarefa simples, se tornou um imenso desafio: 55% das empresas não adotam práticas ESG pois não encontram especialistas. Não é à toa que, tanto na indústria, quanto no mercado financeiro, engenheiros, gerentes e especialistas de ESG já figuram entre as carreiras mais quentes e com mais vagas para 2023.
De maneira simples e prática, ESG se trata de fazer a diferença no mundo, na sociedade e nas empresas. A sigla inglês diz respeito às práticas ambientais, sociais e de governança de uma companhia. Por exemplo, como ela gere seus resíduos, quanto de gases de efeito estufa ela libera na sua cadeia produtiva, como ela aborda temas de diversidade e inclusão entre os funcionários, como ela se relaciona com clientes e investidores etc.
O grande objetivo do ESG é aliar o lucro com a sustentabilidade, criando empresas rentáveis, mas responsáveis.
De acordo com a pesquisa PwC Global ESG Survey, 79% dos investidores afirmam que iniciativas ESG por parte das empresas impactam na decisão de investimentos; e 49% dos entrevistados retirariam os recursos de uma empresa caso ela não demonstrasse ações concretas relacionadas à prática.
Quando falamos de clientes, a pesquisa PwC Global Consumer Insights Pulse identificou que mais de 60% dos brasileiros priorizam compras sustentáveis e levam em consideração a ética do fornecedor.
E essa preocupação se estende também aos funcionários. De acordo com o Guia Salarial 2023 da consultoria Robert Half, maior empresa de recrutamento especializado do mundo, 78% das empresas afirmam ter notado uma atenção maior de seus funcionários para a cultura nos últimos 12 meses. Na pesquisa, (48%) dos recrutadores apontam diversidade, equidade e inclusão como os temas mais abordados pelos entrevistados, seguido por ética e valores corporativos (47%).
Como já havia sido alertado pela maior gestora de fundos do mundo, a Black Rock, nos próximos anos será ESG ou “morte”. Aqui no Brasil, 95% das empresas já têm ESG como prioridade em suas agendas.
É o caso da Ambev, por exemplo, que se comprometeu a zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2040; ou da Natura, que migrou parte de seus frascos para o plástico verde, trabalha com cooperativas na Amazônia para a extração de matérias-primas de forma sustentável e aumentou as licenças-maternidade e paternidade.
Com tamanha demanda e urgência para causar um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade, as empresas passaram a buscar alguém que dominasse os conceitos ESG, soubesse liderar uma equipe e fosse proativo para colocar em prática as ações necessárias. A esse profissional damos o nome de: Especialista em ESG.
Atuando em diferentes níveis hierárquicos (desde analista, até diretor), o especialista ESG é responsável por monitorar, analisar e garantir que as práticas ESG estejam sendo cumpridas ao longo do toda a cadeia produtiva de uma empresa - independentemente do setor no qual ela se insere.
Aliás, é por conta da diversidade de setores que o profissional ESG, hoje, não possui limitação alguma em relação a sua formação prévia. Engenheiros, agrônomos, psicólogos, economistas, advogados e administradores, por exemplo, podem facilmente trilhar carreiras de muito sucesso no mercado da sustentabilidade.
Entre as atividades de rotina do Especialista em ESG, estão:
Segundo o Guia Salarial 2023 da Robert Half, a remuneração de quem trabalha com ESG varia entre R$6 mil (para cargos de entrada) e R$35 mil (para cargos mais estratégicos).
Além da senioridade e do porte da empresa, a remuneração também irá variar conforme o nível de experiência e afinidade do profissional com o tema. Aqueles que demonstram conhecimento aprofundado sobre critérios ESG e sobre a organização de uma empresa tendem a ser melhor remunerados.
Para ajudar quem deseja trabalhar com ESG, mas não sabe ao certo por onde começar, a EXAME Academy apresenta, entre os dias 9 e 17 de janeiro, uma série de encontros virtuais e gratuitos sobre o tema.
Apresentado por Renata Faber, diretora de ESG da EXAME, o treinamento Carreira em ESG abordará desde assuntos mais básicos (como a definição do que é ESG) até reflexões aprofundadas sobre como o tema impacta o mercado e a economia global atualmente. Seu principal objetivo, no entanto, é mostrar aos participantes como começar a construir uma carreira em ESG.
“Vou mostrar como é possível conquistar um trabalho com propósito real aliado a salários mais altos e mostrar o mapa para construir uma carreira em ESG”, promete Renata.
Após assistirem aos quatro vídeos, todos os participantes receberão um certificado de participação para incluir no currículo. Para ter acesso ao conteúdo gratuitamente, os interessados devem se inscrever no site oficial do projeto clicando no botão abaixo: