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Ex-chefe do governo de Hong Kong pede fim de protestos

Líderes estudantis do movimento pró-democracia deram a entender na quarta-feira que podem abandonar o diálogo com o governo

O ex-chefe do governo de Hong Kong Tung Chee-Hwa: "é preciso acabar com a ocupação das ruas não apenas porque estão prejudicando a convivência e a rotina" (Xaume Olleros/AFP)

O ex-chefe do governo de Hong Kong Tung Chee-Hwa: "é preciso acabar com a ocupação das ruas não apenas porque estão prejudicando a convivência e a rotina" (Xaume Olleros/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 08h37.

Hong Kong - O ex-chefe do governo de Hong Kong Tung Chee-hwa pediu nesta sexta-feira aos manifestantes pró-democracia que abandonem as ruas e alertou que, caso o protesto prossiga, pode haver consequências sérias para a economia local.

O primeiro dirigente local depois da devolução da ex-colônia britânica para a China, em 1997, e que em 2005 deixou o cargo após protestos em massa, reapareceu para pedir uma saída pacífica para o conflito.

"É preciso acabar com a ocupação das ruas não apenas porque estão prejudicando a convivência e a rotina, como também porque se trata de uma grande violação da lei", disse Tung em sua primeira aparição na imprensa desde o início dos protestos há quase um mês.

Os líderes estudantis do movimento pró-democracia deram a entender na quarta-feira que podem abandonar o diálogo com o governo, acusado de não tomar nenhuma iniciativa para ajudar a acabar com mais de três semanas de manifestações.

As primeiras conversações na terça-feira entre os representantes dos estudantes e o governo, com a número dois do Executivo de Hong Kong à frente, Carrie Lam, não apresentaram resultados concretos.

Os manifestantes exigem a renúncia do chefe do Executivo, Leung Chun-ying, e a instauração de um verdadeiro sufrágio universal no território.

A China aceitou o princípio do sufrágio para eleição do próximo chefe do Executivo em 2017, mas deseja manter o controle das candidaturas.

Os manifestantes desde 28 de setembro ocupam três bairros de Hong Kong, o que afeta consideravelmente as atividades deste centro do capitalismo financeiro internacional.

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