Terceirização: o projeto, aprovado pela Câmara em abril, está parado no Senado (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2015 às 13h10.
Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou que os líderes de diferentes confederações empresariais se encontraram com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) nesta quarta-feira, 28, para defender o projeto que regulariza e amplia a terceirização no mercado de trabalho brasileiro.
O projeto, aprovado pela Câmara em abril, está parado no Senado. "Ele (Calheiros) ficou de dar uma posição rápida sobre um calendário de votações", disse o presidente da CNI.
"Estamos aguardando que o presidente Renan defina um calendário para ser discutido tanto em comissão especial quanto no plenário do Senado. Este é um projeto importantíssimo, não só para a economia de modo geral, mas especialmente em um momento como esse. As empresas precisam ter relações com segurança jurídica para suas atividades", disse Andrade, logo após deixar o encontro com Renan.
Segundo Robson Andrade, o presidente do Senado se comprometeu a discutir com o senador Blairo Maggi (PR-MT), responsável pela agenda de desenvolvimento econômico estipulada por Calheiros, a chamada Agenda Brasil.
Sobre o cenário econômico, Andrade disse ser "absurdamente contra a volta da CPMF" e que a crise econômica deve levar a mais aumento das demissões. "Discutimos a crise na economia com o presidente Renan, como a economia está sufocando as empresas, com grande volume das demissões, que chegaram a 1,2 milhão em todos os setores, e deve ampliar ainda, porque não tem atividade econômica que possa dar sustentação para as empresas", disse ele.
Andrade negou que mudanças no financiamento do Sistema S tenham sido tratadas no encontro com Renan Calheiros. "Este é um tema que discutimos com o Executivo, nada aqui", disse ele.
Participaram da reunião, além da CNI, representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Confederação Nacional do Transporte (CNT), da Confederação Nacional das Cooperativas (CNCOOP) e da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg).