Capitólio é um destino turístico de Minas Gerais, a 293 km de Belo Horizonte, conhecido pelo Lago de Furnas e pelos paredões de mais de 20 metros de altura. Havia entre 70 e 100 pessoas em embarcações na região no momento do deslizamento (Leandro Fonseca/Exame)
Reuters
Publicado em 8 de janeiro de 2022 às 19h29.
Última atualização em 8 de janeiro de 2022 às 20h11.
Um deslizamento de pedras de um cânion no Lago de Furnas, no município de Capitólio, em Minas Gerais, atingiu embarcações com turistas neste sábado, 8. Até às 20h, sete mortes foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros do estado.
O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais trabalha com a possibilidade de quatro pessoas desaparecidas no local. Inicialmente, as autoridades mineiras estimaram em 20 desaparecidos, mas o número foi atualizado para quatro no início da noite deste sábado.
O número de desaparecidos é uma estimativa que foi levantada junto a testemunhas, agências de turismo e familiares, informou o comandante do Corpo de Bombeiros do Estado coronel Edgard Estevo em coletiva de imprensa.
Além dos óbitos e dos desaparecidos, há 32 feridos. Destes, cinco seguem internados em hospitais públicos das cidades de Piumhi, São João da Barra e Passos. Outros 27 feridos foram atendidos na Santa Casa de Capitólio e já foram liberados.
Os corpos das vítimas estão sendo levadas ao município de Passos para identificação. A região do Lago de Furnas onde ocorreu o acidente está isolada e sem acesso para visitantes.
O incidente teria ocorrido com uma "cabeça d´água" na região dos cânions, com o rolamento de pedras e estruturas rochosas, que atingiram ao quatro embarcações, das quais duas teriam afundado, disse mais cedo um porta-voz da corporação. Minas Gerais tem sido atingida por fortes chuvas nos últimos dias.
Nas imagens de um vídeo divulgado nas redes sociais minutos após o desabamento, é possível ver o momento em que um pedaço de pedra vindo de um dos cânions do local se solta e acerta ao menos três barcos nas redondezas.
"Estamos contando com aproximadamente 40 bombeiros, incluindo mergulhadores especializados, com equipamentos especializados, para poder dar continuidade às buscas com segurança", disse Estevo.
"As buscas vão continuar", afirmou, pontuando que os mergulhos devem ser interrompidos no período noturno por questões de segurança.
As primeiras cinco vítimas fatais, segundo o Corpo de Bombeiros, foram encontradas mortas já no local.
A Marinha do Brasil, em nota, afirmou que abrirá um inquérito para apurar as causas e circunstâncias do deslizamento e afirmou ter deslocado equipes de busca e salvamento para o local para que prestem "o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos".
"Furnas deslocou, imediatamente, equipes de Busca e Salvamento (SAR) para o local, integrantes da Operação Verão ora em andamento, a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos atuando no local", disse a Marinha.
No Twitter, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), prestou solidariedade às famílias atingidas pelo desabamento. Ele afirmou que o "Governo de Minas está presente desde os primeiros momentos através da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros" e que os trabalhos de resgate ainda estão em andamento. "Seguiremos atuando para fornecer o apoio e amparo necessários", escreveu.
Capitólio é um destino turístico de Minas Gerais, a 293 km de Belo Horizonte, conhecido pelo Lago de Furnas e pelos paredões de mais de 20 metros de altura. Havia entre 70 e 100 pessoas em embarcações na região no momento do deslizamento.