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Conversas sobre a segunda fase do cessar-fogo em Gaza começarão na próxima semana

Egito e Catar advertiram a equipe de negociação dos palestinos de que Israel "quer desarmar" o movimento islâmico

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (AFP)

Guerra Israel-Hamas: conflito teve início em 7 de outubro de 2023 (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 19 de fevereiro de 2025 às 15h18.

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As negociações indiretas entre Israel e Hamas sobre a segunda fase do acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza começarão na próxima semana após a chegada de uma delegação israelense a Doha, informaram à Agência EFE fontes de segurança egípcias e do grupo islâmico palestino.

De acordo com as informações, que pediram para permanecer em anonimato por causa da sensibilidade da questão, "Israel enviará uma delegação de negociação ao Catar na próxima semana para discutir a segunda fase do acordo de Gaza", após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmar ao mediadores sobre seu comprometimento com esta rodada de consultas.

A fonte do Hamas acrescentou que Egito e Catar - os principais mediadores - advertiram a equipe de negociação dos palestinos de que Israel "quer desarmar" o movimento islâmico e transferir o controle de Gaza para a Autoridade Nacional Palestina (ANP), algo que o grupo rejeita "absolutamente".

A mídia israelense informou ontem que Netanyahu substituiu os chefes das agências de inteligência de Israel, o Mossad e o Shin Bet, por seu ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, para liderar a delegação israelense de negociação para as negociações sobre a segunda fase da trégua em Gaza.

Isso ocorreu após o principal negociador do Hamas, Khalil al-Haya, oferecer em um discurso televisionado libertar o restante dos reféns israelenses vivos de uma só vez durante a segunda fase, em troca da retirada total das forças israelenses de Gaza e do fim definitivo da guerra.

A segunda fase do acordo de cessar-fogo, cujas negociações deveriam começar no início de fevereiro, inclui a libertação dos reféns restantes em Gaza e o fim dos combates.

Alguns membros do governo israelense, como ministro de Finanças, Bezalel Smotrich, exigiram que Israel retome os combates em Gaza assim que a primeira fase da trégua terminar, na qual 33 reféns devem ser libertados (19 já foram embora) em troca de cerca de 1,9 mil prisioneiros palestinos.

Após a conclusão da primeira fase, 59 israelenses ainda estão no enclave, dos quais ao menos 35 estão mortos, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.

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