Maiduguri (Nigéria) - Dezenas de mulheres foram sequestradas pelo grupo terrorista Boko Haram no norte da Nigéria após o ataque cometido no último dia 7 contra a cidade de Baga, no qual morreram centenas de pessoas, segundo relataram nesta sexta-feira à Agência Efe algumas mulheres que conseguiram escapar.
"Muitas mulheres, talvez dezenas, foram sequestradas pelo Boko Haram. Eu consegui escapar do ataque ao sair correndo rumo ao monte", relatou à Agência Efe Amina, mãe de duas crianças, em sua chegada a Maiduguri, a capital do estado setentrional nigeriano de Borno.
No entanto, ainda não existe nenhuma confirmação oficial do sequestro e nem do número de mulheres que podem ter sido capturadas pelos jihadistas.
Outras mulheres que conseguiram escapar do ataque da milícia asseguraram que muitas residentes de Baga desapareceram após o ataque dos insurgentes, por isso que teme-se que foram sequestradas.
"Não sei como pude escapar. Fiquei frente a frente com as membros do Boko Haram, e vi muitas mulheres retidas, a maioria delas jovens", contou outra residente que pediu para permanecer no anonimato.
A Anistia Internacional (AI) já alertou ontem em comunicado que vários residentes tinha assegurado que centenas de mulheres permaneciam retidas em uma escola de Baga.
"Boko Haram sequestrou cerca de 300 mulheres e nos deteve em uma escola de Baga. Libertaram as mulheres idosas, as mães e a maioria das crianças após quatro dias, mas ainda mantêm as mulheres mais jovens", relatou a AI uma mulher que conseguiu escapar.
Os sequestros perpetrados pelo Boko Haram são frequentes no norte da Nigéria, e o mais significativos deles ocorreu há mais de nove meses, quando mais de 200 meninas foram sequestradas em uma escola de Chibok, também no estado de Borno.
Nos últimos meses, os ataques se intensificaram no norte da Nigéria, onde esteve a representante especial da ONU sobre as crianças em conflitos armados, Leila Zerrougui, que alertou sobre a necessidade "desesperada" de proteger a infância nesta zona.
"Fui testemunha da comoção e incredulidade do povo perante a devastação sofrida em suas comunidades (...). O povo pede e merece proteção urgente", pediu hoje Zerrougui em comunicado.
O Boko Haram (que em línguas locais significa "A educação não islâmica é pecado") luta por instaurar um estado islâmico na Nigéria e mantém uma sanguinária campanha no país, onde morreram mais de três mil pessoas neste ano, segundo dados do governo nigeriano.
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1. 1º Iraque
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GTI: 10 Nº de mortes (2013): 6.362 Nº de feridos (2013): 14.947 O Iraque viu o número de mortes causadas por atos terroristas aumentar em 162% de 2012 para 2013. A maioria não teve a autoria descoberta, mas 77% dos que foram identificados são atribuídos ao EI. Os ataques suicidas estão entre os métodos mais usados. Em 2013, ocorreram 232 atos e cada um deles causou, em média, sete mortes. A capital Bagdá foi palco de 25% dos incidentes. Ao todo, 135 cidades registraram ao menos um ataque no ano passado.
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2. 3º Paquistão
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GTI: 9,37 Nº de mortes (2013): 2.345 Nº de feridos (2013): 5.035 De 2012 para 2013, o número de mortos por atos terroristas aumentou em 37% e a quantidade de feridos em 28%. Como no Afeganistão, a maioria dos eventos (49%) no Paquistão é atribuída ao Taleban. O pior ato de 2013 foi um ataque suicida realizado por dois homens. O episódio resultou na morte de 119 pessoas e deixou 219 feridos. Existem 23 grupos considerados terroristas em atividade no país e mais de 500 cidades foram palco de ao menos um incidente.
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3. 4º Nigéria
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GTI: 8,58 Nº de mortes (2013): 1.826 Nº de feridos (2013): 457 O pior ataque de 2013 deixou 142 mortos, danificou mais de 100 estabelecimentos e foi realizado por um homem ligado ao Boko Haram, principal organização em atividade no país. 90% dos atos terroristas no ano passado são atribuídos ao grupo. As táticas terroristas empregadas na Nigéria diferem daquelas vistas em países como Iraque ou Afeganistão. Os grupos usam armas de fogo e facões com maior frequência, enquanto que, no Oriente Médio, os principais métodos são explosões e ataques suicidas.
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4. 5º Síria
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4/10 (Getty Images)
GTI: 8,12 Nº de mortes (2013): 1.078 Nº de feridos (2013): 1.776 O número de ataques em solo sírio subiu de 136 em 2012 para 217 em 2013. A quantidade de mortos também aumentou: 600 contra 1.000. O crescimento dramático de atividades terroristas, diz o estudo, é consequência da guerra civil que assola o país desde os idos de 2011. 70% dos atos foram explosões e bombardeios e o alvo principal dos grupos foi a população. 18% dos eventos eram sequestros e os reféns, em sua maioria, eram ocidentais que trabalhavam em organizações humanitárias e jornalistas.
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5. 6º Índia
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5/10 (Daniel Beherulak/Getty Images)
GTI: 7,86 Nº de mortes (2013): 404 Nº de feridos (2013): 719 Em apenas um ano, houve um aumento de 70% nas atividades terroristas na Índia e o número de mortes subiu de 238 para 400. Grupos de orientação maoísta e que atuam nas regiões de Bihar, Chhattisgarh e Jharkhand (localizados ao leste do país) são os maiores responsáveis pelos atos. Já na fronteira com o Paquistão, são os extremistas islâmicos os principais atores envolvidos nos incidentes. Seus ataques em 2013 resultaram em 15% das mortes registradas neste período.
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6. 7º Somália
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6/10 (John Moore/Getty Images)
GTI: 7,41 Nº de mortes (2013): 405 Nº de feridos (2013): 492 De acordo com o estudo, a violência relacionada ao terrorismo na Somália segue aumentando, especialmente na região sul, onde aconteceram 90% dos eventos. O número de mortes aumentou em 32% de 2012 para 2013, ano que é considerado o mais violento do país nos últimos 14. O principal grupo em atividade é o Al-Shabaab, composto por mais de quatro mil extremistas islâmicos e afiliado ao Al-Qaeda. Foi o responsável, por exemplo, pelo ataque ao shopping Westgate, que resultou em 67 mortes e deixou 175 feridos no ano passado.
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7. 8º Iêmen
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7/10 (Getty Images)
GTI: 7,31 Nº de mortes (2013): 291 Nº de feridos (2013): 583 Existem hoje nove organizações terroristas em atividade no Iêmen. Contudo, duas delas são responsáveis por 80% dos atos realizados no país no ano passado, o Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), afiliado do Al Qaeda global, e o Houthis. O braço do Al Qaeda global é considerado uma das células mais ativas do grupo e, apenas em 2013, o AQPA causou mais de 177 mortes e foi o único a realizar ataques suicidas. Já o Houthis matou, em média, seis pessoas por ataque.
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8. 9º Filipinas
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8/10 (Jeoffrey Maitern)
GTI: 7,29 Nº de mortes (2013): 292 Nº de feridos (2013): 444 O número de incidentes terroristas nas Filipinas dobrou de 2012 para 2013, revelou a análise, assim como dobrou a quantidade de mortes. Diferentemente de países no Oriente Médio, a maioria das organizações no país tem aspirações nacionalistas e separatistas, e não religiosas. Em 2013, 438 cidades sofreram ao menos um ataque. Grande parte dos atos foi atribuída aos grupos Novo Exército Popular, Abu Sayyaf e Frente Moro de Libertação Islâmica. Os principais alvos foram autoridades do governo, forças policiais e personalidades do mundo dos negócios.
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9. 10º Tailândia
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9/10 (Rufus Cox/Getty Images)
GTI: 7,19 Nº de mortes (2013): 131 Nº de feridos (2013): 398 A quantidade de mortes por conta de ataques terroristas caiu em 2013 em relação a 2012. Curiosamente, houve mais incidentes que em anos anteriores. A maioria, contudo, não teve a autoria identificada. De acordo com o estudo, grande parte das atividades está concentrada no sul do país, onde há conflitos entre separatistas islâmicos e o governo. Os principais grupos atuantes na Tailândia são o Barisan Revolusi Nasional (BRN), o Aba Cheali e o Runda Kumpalan Kecil. Os dois últimos são dissidências do BRN.
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10. Agora veja os locais mais perigosos do mundo
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10/10 (Getty Images)