Curitiba: manifestantes ligados à Central Única dos Trabalhadores e outras entidades reuniram-se no centro da cidade para um ato em defesa do governo federal. (Reprodução/Facebook CUT Paraná)
Da Redação
Publicado em 20 de agosto de 2015 às 16h38.
Rio de Janeiro, Curitiba e Campo Grande - Ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) reuniu, conforme organizadores, cerca de mil pessoas em Campo Grande (MS).
Concentrados no cruzamento das Ruas 14 de Julho com Barão do Rio Branco, os manifestantes criticaram o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), além do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Em Campo Grande, a Polícia Militar não divulgou o número de participantes do ato.
Em Curitiba, manifestantes ligados à Central Única dos Trabalhadores e outras entidades reuniram-se no centro da cidade para um ato em defesa do governo federal.
De acordo com os participantes, a manifestação seria um contraponto aos protestos do último domingo, 16, que pediu o impeachment da presidente.
O tenente-coronel Zanatta, responsável pelo policiamento na manifestação curitibana, afirma que não foram registrados incidentes. "Estamos trabalhando para garantir o direito das pessoas manifestarem", disse.
O grupo reuniu-se em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Praça Santos Andrade, região central. Em seguida percorreu o mesmo trajeto que os manifestantes de domingo, encerrando com discursos na Boca Maldita.
As palavras de ordem pediram a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), também foi alvo de críticas na manifestação.
Os organizadores estimam que 4 mil pessoas participam das manifestações em Curitiba. Já a Polícia Militar estimou em 400 pessoas o número de manifestantes.
"Somos contra a corrupção e a política econômica adotada pelo governo, mas também contra o golpe e volta da ditadura", pontuou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Genilson Duarte, no Paraná.
"O Eduardo Cunha tem que pagar por erros cometidos e ser afastado da presidência da Câmara. Já o Renan descumpre acordo com as centrais sindicais ao tentar aprovar, em regime de urgência, projetos de terceirização e que pretende cobrar de parte da população os atendimentos do SUS".
Também participaram do ato em Campo Grande representantes da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), entidades sindicais da construção civil, alimentação, partidos de esquerda e professores em greve na capital matogrossensse, que reivindicam cumprimento de lei que estabelece reajuste de 13,01% ao magistério.
Manifestações acontecem em diversas cidades nesta quinta-feira, 20. No Rio de Janeiro, os manifestantes colaram panfletos em frente ao escritório do presidente da Câmara Eduardo Cunha.
O ato promovido pelo MTST, Juventude do PSOL e grupo Rua encerrou-se por volta de 13h30 na porta do gabinete do deputado, no centro da capital.