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Alemanha adverte que Rússia tem agido como na Guerra Fria

O líder russo justificou a aquisição de mísseis nucleares com os eventuais planos dos Estados Unidos de implantar artilharia mecanizada na Europa Oriental


	Steffen Seibert: o porta-voz alemão considera o procedimento russo "desnecessário", além de não colaborar com a situação no leste da Europa
 (Johannes Eisele/AFP)

Steffen Seibert: o porta-voz alemão considera o procedimento russo "desnecessário", além de não colaborar com a situação no leste da Europa (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2015 às 12h10.

Berlim - O governo da Alemanha criticou nesta quarta-feira o anúncio do presidente russo, Vladimir Putin, de que a Rússia reforçará seu arsenal com 40 mísseis intercontinentais, propósitos que disse remeterem a tempos de Guerra Fria.

A decisão de Putin de "estocar arsenal de mísseis estratégicos da Rússia é desnecessária e, certamente, não contribui para a estabilidade e ao abrandamento das tensões na Europa", afirmou o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, que lembrou os esforços diplomáticos da Alemanha e de Paris para desativar o conflito da Ucrânia.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Martin Schäfer, considerou se tratar de um procedimento "desnecessário", que de modo algum "apresentará nada bom às negociações que buscam distender" a situação no leste da Europa.

Schäfer destacou as declarações do ministro alemão de Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, na edição digital de "Spiegel", que advertia que toda "reação reflete alimentar um rearmamento próprio dos tempos da Guerra Fria".

"É preciso evitar velhos automatismos que aparentemente continuam vivos e que até ano passado acreditávamos estar superados", acrescentou o porta-voz, para pedir a Moscou que mostre uma "atitude mais construtiva".

O líder russo justificou para a aquisição desses mísseis nucleares aos eventuais planos dos Estados Unidos de implantar artilharia mecanizada na Europa Oriental.

Schäfer não quis comentar estes possíveis planos dos Estados Unidos com o argumento de que só se tem conhecimento deles pelas informações divulgadas há alguns dias pelo jornal "New York Times".

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