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XRP salta 33% e lidera altas de criptomoedas em julho; veja ranking completo

Mercado cripto enfrentou forte volatilidade no mês passado, encerrando com um movimento de lateralização

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de agosto de 2024 às 09h30.

O mercado de criptomoedas enfrentou uma forte volatilidade no mês de julho, mas acabou encerrando o último mês com lateralização. É o que aponta um levantamento da gestora QR Asset e que também aponta as cinco criptomoedas que mais subiram, e as cinco que mais caíram, no período.

Murilo Cortino, gerente comercial da QR Asset, afirma que o setor teve um impulso no final de julho "graças à mudança regulatória no setor com as declarações de Donald Trump na Bitcoin Conference 2024, em Nashville".

"Também tivemos o início das negociações dos ETFs de ether que, apesar do começo tímido, ainda mantêm um grande potencial de captação de investidores institucionais nesse mercado", avalia.

Criptomoedas com maiores altas

De acordo com o levantamento, o XRP liderou entre as 160 maiores criptomoedas do mercado, acumulando um ganho de 33% em julho. Segundo Cortina, a alta ocorreu devido à inclusão de futuros do ativo na Bolsa de Chicago, líder na área de derivativos financeiros.

O segundo lugar ficou com a Solana, que valorizou 19,4% no mesmo período, impulsionada pelo "pedido pela VanEck da criação de um ETF de Solana para o regulador norte-americano".

"Isso criou um efeito de hype muito alto em torno da sua rede, pois ter um ETF aprovado pelo regulador é semelhante a uma aprovação do mercado de que a sol é um ativo sério e mais regulado do que a grande maioria de outros tokens no segmento de ativos digitais", explica o executivo pontuando, porém, que ainda não há previsão de aprovação ou lançamento.

Completam o grupo, ainda, as criptomoedas Maker (12,7%), Aave (12,6%) e Stellar (12,3%). No caso da Maker, Cortina explica que o projeto reduziu a oferta da sua stablecoin pareada ao dólar DAI e lançou uma competição de incentivo à tokenização, animando investidores.

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Criptomoedas com maiores quedas

Já na ponta negativa, a Render foi o ativo que mais caiu em julho, perdendo 21,6% em valor de mercado. Cortina explica que a queda ocorreu pelas incertezas geradas na migração do ativo para o blockchain Solana, inclusive com uma troca no nome da criptomoeda.

"Algumas exchanges não migraram os tokens automaticamente para os usuários, além de haver problemas com o fechamento de negociações futuras do token no curto prazo devido à mudança do ticker. Combinado a isso, a recente desaceleração no mercado de inteligência artificial (IA) também afetou os resultados da Render", explica.

A segunda maior perda foi da criptomoeda Ondo, que desvalorizou 21,4% em um movimento descrito pela QR Asset como uma combinação de correção pela forte alta em maio e o desbloqueio de ativos, aumentando a oferta no período.

A uni, da Uniswap, caiu 21,3%, devido a um cenário regulatório desfavorável, com uma postura rígida da SEC em relação ao projeto e um esforço para caracterizar o ativo como valor mobiliário, segundo Cortina.

Completam a lista os ativos FET e Lido, que caíram 17,7% e 16,7% no mesmo período, respectivamente.

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