Worldcoin é um projeto desenvolvido por Sam Altman, CEO da OpenAI (Joel Saget/Getty Images)
Repórter do Future of Money
Publicado em 3 de agosto de 2023 às 15h34.
Alex Blania, um dos responsáveis pelo Worldcoin, anunciou na última quarta-feira, 2, a decisão de suspender temporariamente as operações do projeto no Quênia após uma série de críticas por parte das autoridades locais. Além de Blania, a iniciativa também é comandada por Sam Altman, CEO da empresa responsável pelo ChatGPT.
Em um post no Twitter, Blania explicou que a Tools for Humanity, empresa responsável pelo Worldcoin, decidiu pausar as verificações de identidade no Quênia. As verificações são feitas a partir do Orb, um equipamento que escaneia a íris de uma pessoa que, em troca, recebe uma recompensa em criptomoedas.
De acordo com Blania, a suspensão ocorreu enquanto o projeto "continua a trabalhar com os reguladores locais para abordar suas questões. Nós pedimos desculpas a todos no Quênia pelo atraso [nas operações]". A decisão foi anunciada após um comunicado conjunto de autoridades do país.
TFH has paused World ID verifications in Kenya as we continue to work with local regulators to address their questions. We apologize to everyone in Kenya for the delay.
World ID is built for privacy. We look forward to resuming operations, while continuing global rollout.
— Alex Blania (@alexblania) August 2, 2023
No comunicado, a Autoridade de Mercados de Capital do Quênia (CMA) e o Escritório da Comissária de Proteção de Dados (ODPC) apontaram que o Worldcoin despertou "uma série de preocupações regulatórias legítimas que requerem uma atenção urgente" das autoridades.
Entre elas está a "falta de clareza sobre a segurança e armazenamento de dados sensíveis coletados (o registro de íris para reconhecimento facial)", além do fato de que a "obtenção do consentimento do consumidor em troca de uma recompensa monetária beira à indução".
As autoridades também criticam a "incerteza sobre a proteção dos consumidores em torno da criptomoeda e outros serviços", "informações inadequadas sobre medidas e padrões de cibersegurança" e "uma quantidade imensa de dados nas mãos de agentes privados sem uma estruturação apropriada".
O comunicado reforça que "essas questões demandam uma investigação ampla para permitir que os reguladores aconselhem os responsáveis sobre as medidas apropriadas para proteger o interesse público". Ele destaca ainda que "as controvérsias em torno do Worldcoin não são novas".
Atualmente, o projeto já é investigado na França e no Reino Unido. As autoridades do Quênia determinaram uma suspensão das atividades de coleta de dados pelo projeto no país e destacou que o público deve "ter cuidado ao fornecer dados pessoais a agentes privados".
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