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Vitalik anuncia não ser mais bilionário após quedas de cripto

Vitalik Buterin é apenas mais um de uma longa lista de bilionários que viu seu patrimônio minguar recentemente com a queda dos mercados

Nos últimos tempos, o cofundador da Ethereum tem utilizado o Twitter para revelar abertamente suas inquietações (Bloomberg/Getty Images)

Nos últimos tempos, o cofundador da Ethereum tem utilizado o Twitter para revelar abertamente suas inquietações (Bloomberg/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 24 de maio de 2022 às 10h30.

O cofundador da rede Ethereum (ETH), Vitalik Buterin, publicou uma postagem no Twitter na última sexta-feira, 23, dizendo que deixou de fazer parte do clube dos bilionários. A revelação veio em complemento a um comentário em que Buterin elogia a postura de bilionários como Elon Musk, CEO da Tesla, e Jeff Bezos, fundador da Amazon, de se comunicarem com as pessoas através da rede social – "e não [ficarem] apenas gritando suas próprias ideias" sem interlocução.

O que aconteceu com "falar diretamente com as pessoas" ser uma virtude?

(aliás, eu particularmente aprecio que Elon e Jeff realmente respondam às pessoas, e não fiquem apenas gritando suas próprias ideias)

(aliás, eu não sou mais bilionário)

— vitalik.eth (@VitalikButerin)

(Mynt/Divulgação)

O Ether, token nativo da Ethereum, amarga uma queda de cerca de 57% em relação à máxima histórica de US$ 4.878 registrada em 10 de novembro de 2021. Na ocasião, a fortuna de Buterin foi avaliada em US$ 1,5 bilhão.

Nos últimos tempos, o cofundador da Ethereum tem utilizado o Twitter para revelar abertamente suas inquietações. Em 16 de maio, Buterin publicou um longo thread apresentando algumas contradições em aberto entre seus valores e suas ideias que ele admitiu que ainda precisa resolver.

Na primeira delas, Buterin revela seu desejo de que a Ethereum torne-se um sistema "semelhante ao Bitcoin, com ênfase na estabilidade e na estabilidade de longo prazo, inclusive culturalmente." Em seguida, afirma que para atingir tal objetivo seria necessário empreender algumas mudanças de forma ativa e coordenada no curto prazo.

Em geral, as contradições giram em torno do destino da Ethereum a partir da forma como ela foi projetada originalmente e a forma que ela veio tomando ao longo do tempo, e que em breve passará por um teste seminal: a transição de um modelo de consenso baseado em Prova-de-Trabalho (PoW), como o Bitcoin (BTC), para um modelo baseado em Prova-de-Participação (PoS). O evento conhecido como "The Merge", ou "A Fusão", possivelmente ocorrerá em agosto e será decisivo para o futuro da rede líder de contratos inteligentes.

No mesmo dia em que disse ter deixado de ser um bilionário, Buterin admitiu sua falibilidade e a possibilidade de que em determinados momentos de sua vida possa ter feito escolhas erradas:

"Eventualmente, você comete um erro em suas crenças e (especialmente se estiver na política, mas também em alguns outros domínios) corrigir esse erro significa reconhecer que uma versão anterior de si mesmo contribuiu com valor negativo para o mundo."

Apesar de recentemente ter exposto contradições que, no fundo, dizem respeito à Ethereum, ele deixa claro que não tem dúvidas quanto ao propósito e à missão que o motivaram a criar a rede ao mesmo tempo como uma alternativa e um complemento ao Bitcoin. E reitera de forma sutil suas críticas aos maximalistas do Bitcoin.

Nota aos trolls: não, o ethereum não foi um erro. Desculpem-me, meus pontos de vista de que PoS > PoW, alcançar a velocidade de escape da funcionalidade é importante, e de que não os aplicativos de moeda são bons permanecem inalterados)

— vitalik.eth (@VitalikButerin)

Enquanto isso, o Ether segue lutando para manter o suporte em US$ 2.000 para evitar perdas ainda maiores no curto prazo e os investidores possam continuar mirando uma reversão de tendência em função d'A Fusão.

Na manhã desta segunda-feira, o par ETH/USD está cotado a US$ 2.066, de acordo com dados do CoinGecko. Embora registre uma alta intradiária de 2,2%, o ETH segue flertando com a zona de preço mais baixa alcançada desde julho do ano passado, conforme se pode ver no gráfico abaixo.

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