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Tokenização está na "ponta do iceberg" e vai chegar em US$ 16 trilhões até 2030, diz relatório

Levantamento da Nexa Finance aponta desafios e potencial de segmento que tem ganhado cada vez mais espaço no mundo financeiro

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 08h00.

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A tokenização - registro de ativos do mundo real em redes blockchain - é uma prática que tem ganhado cada vez mais espaço no mercado. Entretanto, ela está apenas na "ponta do iceberg" e possui um potencial trilionário, com a chance do mercado brasileiro contribuir para o futuro global da prática. É o que avalia um novo relatório divulgado pela Nexa Finance e compartilhado em primeira mão com a EXAME.

De acordo com o relatório, projeções de gestoras e especialistas indicam que "ativos alternativos tokenizados podem atingir um valor de mercado de US$ 16 trilhões até 2030, comparável ao PIB de grandes economias globais, como a China". E a Nexa avalia que o Brasil tem uma "posição única" para contribuir com esse crescimento.

O relatório ponta que, hoje, o Brasil é o sexto país com maior porcentagem de usuários de criptomoedas no mundo, conta com uma penetração de e-commerce de 69% e possui a quinta maior população do mundo, sendo que 72% dela está registrada no Pix, indicando uma "abertura a novas tecnologias".

"O Brasil possui características únicas que beneficiam a tese de tokenização e estão profundamente conectadas ao seu potencial", comenta a empresa. Ela aponta que o país conta com uma infraestrutura financeira digital avançada, uma população aberta a inovações e um ambiente regulatório favorável, com o tema inserido na agenda do Banco Central.

Segundo o relatório, "o Brasil cultivou um ecossistema vibrante de tokenização, com a participação ativa de plataformas de tokenização, provedores de serviços, redes blockchain e instituições. Esse ecossistema mostra a prontidão do país para integrar soluções blockchain em vários setores, posicionando o Brasil como um líder global".

Mesmo assim, o avanço da tokenização enfrenta desafios. Em entrevistas sobre o tema, a baixa aceitação do mercado e a falta de uma regulação mais estruturada para a prática são citadas como os principais desafios para a adoção da tokenização. A Nexa Finance define a regulamentação como o "catalisador de crescimento" necessário para o setor.

Para a empresa, porém, "a faísca da tokenização já foi acesa" e deverá ter um crescimento exponencial, gerando uma infraestrutura blockchain "com custos marginais quase nulos, oferecendo transações 24/7, transparência aprimorada e maior segurança".

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Futuro da tokenização

À EXAME, Lucas Danicek, CEO da Nexa Finance, "nos apaixonamos pela solução do blockchain à primeira vista por ela permitir escalar nosso serviço com o mesmo nível de curadoria e qualidade que sempre prezamos, agora com ainda mais customização e uma  experiência incrível para o cliente".

"Não estamos falando de algo futurista, apesar de sermos muito otimista com o futuro e ainda ter muito o que se desenvolver", destaca.

Para a empresa, a tokenização deverá resultar em uma nova economia, com produtos hiperpersonalizados, ativos financeiros mais acessíveis e com investimento simplificado, gerenciamento de portfólios via blockchain, com mais eficiência, e uma "economia real melhorada pela tecnologia".

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