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Tokenização e Drex serão prioridades na agenda estratégica do Banco Central para próximos 4 anos

Secretário-Executivo reafirmou que as soluções de privacidade do Drex ainda não atingiram a maturidade necessária, mas garantiu que a CBDC brasileira estará entre as prioridades da agenda de inovação do Banco Central nos próximos anos

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Cointelegraph
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Publicado em 17 de abril de 2025 às 09h30.

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O Drex e a tokenização de ativos do mundo real (RWA) estarão entre as prioridades da agenda de inovação do Banco Central (BC) nos próximos quatro anos, garantiu Rogério Lucca, secretário-executivo da autoridade monetária.

Em uma entrevista no canal oficial do BC no Youtube divulgada esta semana, Lucca afirmou que ambos os instrumentos são fundamentais no processo de transformação digital do sistema financeiro nacional por permitirem a expansão e a democratização do acesso ao crédito.

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A agenda de inovação do BC tem como objetivo melhorar a qualidade e o custo do crédito no Brasil, aumentando, por consequência, a efetividade da política monetária:

“Melhorar o risco de crédito auxilia o desentupimento da política monetária e traz benefícios para todo o sistema financeiro, desde os cidadãos até as instituições bancárias. O acesso a um crédito de melhor qualidade, com operações com um risco mais controlado e garantias mais robustas passa pela possibilidade de os consumidores conseguirem mobilizar as suas propriedades e seus ativos como colateral.”

A infraestrutura do Drex será a base para construção de novos arranjos financeiros, mais eficientes e mais seguros, baseados em tokens atrelados a ativos do mundo real e investimentos. Lucca considera ainda até mesmo criptoativos como bitcoin e stablecoins poderão ser utilizados como garantia para concessão de empréstimos.

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Próximos passos do Piloto Drex

O sigilo bancário e a privacidade de dados são os pontos críticos do sistema até o estágio atual dos testes. Segundo Lucca, o BC “ainda não tem um conforto de que a tecnologia existente hoje em dia seja suficiente para resguardar as informações.”

Lucca afirmou que boa parte dos casos de uso e modelos de negócio testados na segunda fase do Piloto Drex vão ao encontro à ampliação da oferta de crédito. Embora o BC tenha rejeitado a inclusão de novas propostas apresentadas por empresas e entidades do mercado no início deste ano, Lucca disse que outras soluções poderão ser testadas uma vez que a etapa atual seja concluída:

“O corpo técnico do Banco Central já está discutindo quais modelos de negócio serão testados no Drex a partir da segunda metade deste ano, quando se encerra a segunda fase do piloto.”

Responsável pela área de privacidade de dados do BC, Lucca rejeitou qualquer possibilidade de que o Drex possa ser utilizado como uma ferramenta de vigilância e controle dos cidadãos brasileiros no futuro:

“O Banco Central sempre afirmou que não vai usar nenhuma infraestrutura pública para controlar os recursos da população. Nós temos o dever de não permitir que os dados das pessoas sejam utilizados para qualquer fim. Inclusive eu, particularmente, que sou responsável por garantir a privacidade do sistema do Banco Central.”

Agenda estratégica do BC inclui Pix e Open Finance

A agenda estratégica do BC é estruturada em períodos de quatro anos, em intervalos não coincidentes com o mandato do presidente da República, a fim de minimizar pressões políticas sobre a instituição.

O ciclo atual se encerra ao final deste ano. Iniciado em 2019, ele foi excepcionalmente estendido por mais dois anos devido à aprovação da autonomia do BC nesse meio tempo.

Além do Drex e da tokenização, atualizações do Pix e avanços nos mecanismos de Open Finance fazem parte da agenda de inovação do BC para o quadriênio de 2026 a 2029.

Antes disso, ainda em 2025, o BC planeja garantir o pleno funcionamento do Pix automático, para permitir que os usuários programem o pagamento de despesas recorrentes, e do Pix parcelado, para viabilizar a liquidação em prestações de compras parceladas, revelou Lucca.

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