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Tokenização de ativos vai criar mercado de US$ 19 trilhões até 2033, aponta estudo

Relatório do Boston Consulting Group e da Ripple indica tendência de forte expansão do segmento nos próximos anos

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 9 de abril de 2025 às 11h31.

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A tokenização de ativos do mundo real tem potencial para criar um mercado de US$ 19 trilhões até 2033, representando um salto expressivo em relação ao seu valor atual, de US$ 600 bilhões. É o que aponta um novo estudo divulgado nesta semana pela Ripple e pelo Boston Consulting Group (BCG).

De acordo com o estudo, o segmento de ativos tokenizados - aqueles que já existem no mercado tradicional e são registrados em redes blockchain - deve ter uma taxa média de crescimento anual de 53%. O movimento deve ser liderado principalmente pela adoção por grandes instituições do mercado.

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Para Tibor Merey, diretor e sócio do BCG, "a tokenização está transformando ativos financeiros em instrumentos programáveis e interoperáveis, registrados em livros digitais compartilhados. Isso possibilita transações 24/7, propriedade fracionada e conformidade automatizada".

Diante dessas vantagens, a tendência é que o processo seja cada vez mais adotado por grandes empresas. O estudo avalia que esse movimento deve ser dividido em três fases, englobando diferentes tipos de ativos com potencial para passar por uma tokenização.

A primeira fase é a de adoção de baixo risco, em que "instituições tokenizam instrumentos familiares, como fundos de mercado monetário e títulos". A segunda é a de expansão institucional, com o "escalonamento para ativos mais complexos, como crédito privado e imóveis".

Já a terceira fase é a de transformação de mercado, onde a tokenização "passa a ser integrada a produtos financeiros e não financeiros". Para isso, porém, o estudo aponta que algumas novidades precisarão chegar ao mercado.

As três principais são uma maior clareza regulatória em grandes mercados, em especial os Estados Unidos, uma infraestrutura blockchain madura, em especial nas áreas de carteiras digitais e custódia, e a realização de investimentos estratégicos, fusões e aquisições no setor de fintechs.

O BCG e a Ripple pontuam que o segmento de tokenização já conta com "pioneiros" entre grandes empresas do mercado. A BlackRock e a Fidelity, duas das maiores gestoras do mundo, e o JPMorgan estão entre as instituições financeiras que já tokenizam ativos.

A tendência, aponta o estudo, é que a oferta de ativos tokenizados por instituições e a demanda de investidores acabem se retroalimentando, criando um círculo virtuoso de crescimento para esse mercado. Entretanto, será necessário que as empresas caminhem para além de projetos pilotos.

Bernhard Kronfellner, sócio e diretor do BCG, afirma que "a tokenização já não é apenas um conceito – é a base para o futuro das finanças globais". Já Markus Infanger, SVP da RippleX, avalia que "o mercado está evoluindo de ativos tokenizados simplesmente registrados em blockchain para uma integração real com a economia".

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