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Repórter do Future of Money
Publicado em 25 de março de 2025 às 16h58.
A Tether, emissora da stablecoin USDT, assumiu recentemente uma posição rara para uma única empresa no mercado financeiro. Desbancando diversos países, inclusive o Brasil, a companhia está na lista dos maiores compradores de títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
As informações, a partir de um levantamento, foram divulgadas por Paolo Ardoino, CEO da Tether, em uma publicação no X, antigo Twitter. O estudo leva em conta qual seria a posição da empresa na comparação com os países que mais compram títulos do Tesouro norte-americano.
O resultado do estudo mostrou que a empresa ocuparia a sétima posição, à frente de países como Canadá, Taiwan, México, Noruega, Coreia do Sul, Alemanha e Arábia Saudita. O levantamento leva em conta todas as compras e vendas de títulos por países em 2024.
Ao todo, a Tether somou mais de US$ 33 bilhões em compras de títulos. A empresa perde apenas para as Ilhas Cayman - que lidera a lista e ultrapassou US$ 100 bilhões em compras -, França, Luxemburgo, Bélgica, Singapura e para o Reino Unido. Nesse último caso, a diferença entre o país e a empresa foi pequena, de menos de US$ 2 bilhões.
No mesmo período analisado, e também segundo o levantamento divulgado por Ardoino, o Brasil teve um saldo de mais de US$ 20 bilhões em vendas de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, se juntando a países como a Irlanda, a Índia, a China e o Japão.
Os novos dados reforçam a intensidade das aquisições da Tether. A empresa prioriza o uso dos títulos do Tesouro dos EUA como forma de garantia de paridade entre a sua stablecoin, a USDT, e o dólar norte-americano. O crescimento do uso da criptomoeda e emissão de novas unidades obriga mais aquisições de títulos.
As compras garantem que 1 unidade de USDT sempre será equivalente a US$ 1. Nos últimos anos, a Tether optou por comprar esses ativos ao invés de usar outros investimentos como garantia. Por causa disso, ela figura agora entre as maiores compradoras do mundo.
No momento, a USDT lidera com folga o segmento de stablecoins pareadas ao dólar. A criptomoeda tem uma capitalização de mais de US$ 140 bilhões, responsável por uma fatia de mais de 63% do grupo de ativos. O segundo lugar é da USDC, com cerca de 20% de fatia e capitalização de US$ 59 bilhões.
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