Future of Money

Tesla acumula prejuízo de R$ 900 milhões com investimentos em bitcoin desde 2021

Empresa do bilionário Elon Musk ainda não realizou seus investimentos na criptomoeda, evitando a concretização das perdas até o momento

Tesla detém cerca de US$ 218 milhões (R$ 1,1 bilhão, na cotação atual) em bitcoin em seu balanço (salarko/Getty Images)

Tesla detém cerca de US$ 218 milhões (R$ 1,1 bilhão, na cotação atual) em bitcoin em seu balanço (salarko/Getty Images)

Cointelegraph Brasil

Cointelegraph Brasil

Publicado em 24 de outubro de 2022 às 17h46.

Última atualização em 24 de outubro de 2022 às 18h00.

A Tesla, fabricante de veículos elétricos, investiu um total de US$ 1,5 bilhão (R$ 7,95 bilhões, na cotação atual) em bitcoin desde o início de 2021. Os números fazem parte do último relatório de ganhos da empresa referente ao terceiro trimestre, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).

Desse valor, a empresa possui US$ 170 milhões (R$ 901 milhões, na cotação atual) de perdas não realizadas devido à mudança no valor do ativo desde então. Isso é compensado por um ganho de US$ 64 milhões de lucros realizados com a criptomoeda em vários pontos nos últimos dois anos, levando a uma perda líquida de US$ 106 milhões (R$ 562 milhões) até o final do terceiro trimestre.

(Mynt/Divulgação)

A realização do investimento envolve a venda do ativo adquirido pela empresa, no caso o bitcoin. A venda em uma cotação superior à da compra gera um lucro para a empresa. Já um prejuízo não realizado representa o valor que seria perdido se a companhia se desfizesse dos ativos com a cotação atual.

As perdas da Tesla não afetaram materialmente suas operações principais, segundo o documento. Ano a ano, os lucros do fabricante cresceram 169% em relação aos US$ 3,3 bilhões nos primeiros nove meses de 2021. A companhia diz que detém cerca de US$ 218 milhões (R$ 1,1 bilhão) em bitcoin em seu balanço.

De acordo com as regras contábeis dos EUA, os criptoativos são considerados ativos intangíveis de vida indefinida. Como resultado, qualquer diminuição em seus valores exigirá que a Tesla reconheça encargos de depreciação, enquanto a empresa não faz revisões para cima para quaisquer aumentos de preço até uma venda.

Nesse tratamento fiscal benéfico, as perdas podem ser deduzidas dos lucros para reduzir as obrigações fiscais, enquanto os ganhos de capital não são tributados até o momento da venda.

O CEO da Tesla, Elon Musk, é bem conhecido no espaço cripto por seu apoio a ativos digitais, uma afinidade por memecoins, como o dogecoin, e sua ambição de comprar o gigante das mídias sociais Twitter por US$ 44 bilhões.

Ao longo da aquisição em andamento, a celebridade bilionária da tecnologia prometeu "eliminar os bots de spam e golpes da plataforma", afirmando que "eles tornam o produto muito pior". "Se eu tivesse um dogecoin para cada golpe com criptomoedas que vi, teríamos 100 bilhões de dogecoin".

Sabia que você pode investir em bitcoin, ether, Polkadot e muitas outras moedas direto no app da Mynt? Comece com R$ 100 e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Clique aqui para abrir sua conta gratuitamente.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok  

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasElon MuskTesla

Mais de Future of Money

Evento reúne BC, CVM e mercado para debater futuro da economia digital no Brasil

Tokenização de venture capital: mais autonomia ao investidor

À vista ou a prazo? Pix ou Drex? A evolução dos pagamentos na visão da Cielo

ETF de bitcoin da BlackRock já é maior que os 2,8 mil ETFs lançados nos últimos 10 anos