Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 17h22.
A Tailândia anunciou nesta quinta-feira, 9, uma operação que apreendeu 1 mil máquinas de mineração de bitcoin. De acordo com as autoridades do país, os equipamentos eram usados por uma mineradora que funcionava ilegalmente e com roubos de energia elétrica.
De acordo com as autoridades, a operação conseguiu roubar cerca de US$ 3 milhões (pouco mais de R$ 18 milhões, na cotação atual) em eletricidade, mas há a estimativa de que o número pode ser ainda maior. O desvio ocorria principalmente no período da noite.
Durante o dia, a operação de mineração de bitcoin evitava consumir muita energia para não chamar a atenção das autoridades. À noite, porém, eles conseguiam alterar a quantidade de energia distribuída pela autoridade regional de eletricidade e consumir mais do que o permitido.
A operação não é a primeira realizada pela Tailândia contra mineradores da criptomoedas. Em maio de 2024, a polícia apreendeu mais de US$ 130 milhões em equipamentos de mineração. Em outubro e novembro, outras duas operações ilegais também foram encerradas.
Todas são acusadas de desviar ilegalmente a energia elétrica do país. A mineração de bitcoin exige o uso de equipamentos complexos, capazes de realizar cálculos matemáticos grandes, o que acaba resultando em um consumo de energia significativo.
Por causa disso, operações de mineração costumam buscar países em que os custos de energia são mais baixos, como o caso do Paraguai, que tem atraído cada vez mais operações, e o Cazaquistão, que ganhou mais espaço após a China proibir a mineração no país.
Entretanto, a busca por cortes de custos para aumentar os lucros com as operações também levam a práticas criminosas, caso dos desvios de energia que as autoridades tailandesas têm identificado e combatido nos últimos meses.
Ainda não está claro quanto cada operação conseguiu lucrar com as operações, já que a dificuldade de mineração de bitcoin tem subido significativamente, também reduzindo as margens dos mineradores.