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Editor do Future of Money
Publicado em 30 de abril de 2025 às 11h01.
A Gnosis Pay anunciou nesta semana, durante o Web Summit Rio 2025, que vai realizar uma "expansão estratégica" no Brasil. A startup, que opera no Reino Unido e foi fundada por brasileiros, tem como grande objetivo unir a "experiência oferecida por uma fintech" com toda a infraestrutura blockchain e das criptomoedas.
Em entrevista à EXAME, Rafael Pereira, CEO da Gnosis Pay, explica que a ideia por trás da empresa surgiu pela identificação de que há um "mundo de fintechs que criou uma camada de experiência muito boa, digital, mas com uma infraestrutura toda por trás que é dos anos 1970 ainda, em especial em pagamentos".
Por isso, a empresa viu uma "oportunidade de usar a infraestrutura de cripto para modernizar esse legado tecnológico". O principal objetivo da companhia é conduzir uma "modernização da infraestrutura financeira".
"Hoje, o problema é que uma fintech tem uma experiência fenomenal, mas ainda precisa plugar no sistema financeiro tradicional, uma infraestrutura que não aparece para o cliente, mas é muito pesada para quem faz. E, do outro lado, o dinheiro virou software", explica.
Pereira diz que a Gnosis Pay quer ser a "ponte" entre esses dois mundos, incorporando elementos tradicionais do mercado como regulação, prevenção a fraudes e à lavagem de dinheiro mas aproveitando as vantagens oferecidas pela tecnologia blockchain.
No caso do Brasil, a expansão envolve a oferta de uma conta global, multimoedas, com uma conversão entre criptomoedas e moedas fiduciárias facilitada, além de um cartão Visa aceita em 138 países. A conta é conectada à rede blockchain própria da Gnosis, e cada movimentação realizada é registrada na rede.
Pereira afirma que a conta tem "uma troca mais eficiente, a melhor taxa possível de conversão, é 24/7, escalável e pode usar no mundo inteiro. É uma dinâmica multimoeda, e aí a infraestrutura para funcionar é menos complexa. Fica bem mais barato para todo mundo".
A startup pretende disseminar a conta a partir de parcerias com empresas locais. A primeira é com a PicNic. Para o futuro, a ideia é ter uma "rede de parceiros" que envolva toda a América Latina. "A gente retira toda a experiência Web3, de lidar com senhas, carteiras, algo ainda difícil, e juntando a segurança e facilidade do tradicional".
"Em blockchain, o dinheiro é programável, então a transição fica mais eficiente e segura, além de evitar riscos de fraudes, quebras e trazer uma eficiência de alocação de capital, reduzindo o colateral necessário. É uma cadeia de confiança com mais eficiência", diz o CEO da Gnosis Pay.
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