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Stablecoins e a infraestrutura do futuro: conheça a nova oportunidade de trilhões

Apenas em 2024, essas moedas digitais lastreadas movimentaram mais de US$ 5 trilhões, superando redes tradicionais de pagamento e consolidando sua posição como uma alternativa eficiente, segura e globalmente acessível

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de abril de 2025 às 11h00.

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Por Marcos Viriato*

O mercado de stablecoins tem apresentado um crescimento notável nos últimos anos. Em 2020, essas moedas digitais representavam apenas 3% das transações em blockchain; atualmente, elas correspondem a mais de 50%. Se, por um lado, sua adoção vem crescendo impulsionada pela necessidade de transações rápidas e menos custosas, por outro, desafios regulatórios, geopolíticos e tecnológicos ainda moldam a trajetória dessas moedas.

A capitalização de mercado das stablecoins atingiu novos patamares, ultrapassando a marca de US$ 200 bilhões recentemente. Esse aumento reflete uma expansão de aproximadamente US$ 37 bilhões desde novembro de 2024. No Brasil, o uso de criptoativos, especialmente stablecoins, tem crescido significativamente. Nos últimos dois a três anos, cerca de 90% das transações com criptoativos no país envolveram stablecoins, destacando sua relevância no sistema financeiro nacional.

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Nesse cenário, o desenvolvimento de infraestrutura confiável e segura se torna essencial para permitir que stablecoins sejam integradas de maneira transparente ao sistema financeiro global. Esse mercado passou de uma solução emergente para um pilar fundamental da economia digital. Apenas em 2024, essas moedas digitais lastreadas movimentaram mais de US$ 5 trilhões, superando redes tradicionais de pagamento e consolidando sua posição como uma alternativa eficiente, segura e globalmente acessível.

Nos últimos cinco anos, o avanço das stablecoins pode ser atribuído a fatores como a familiarização com a tecnologia e o cenário geopolítico. Com o amadurecimento do setor, empresas e consumidores passaram a confiar cada vez mais nesse tipo de ativo como meio de pagamento e reserva de valor. Ao mesmo tempo, eventos como a exclusão da Rússia do sistema SWIFT aceleraram a busca por alternativas financeiras, demonstrando o potencial dessas moedas para facilitar transações internacionais, especialmente em mercados impactados por sanções. No Brasil, o desenvolvimento ainda está em estágio inicial, mas já conta com algumas. No entanto, a regulação incerta e a concorrência com o Drex – a moeda digital do Banco Central – impõem desafios para o crescimento do setor.

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Hoje, esse mercado pode ser segmentado em diferentes camadas de atuação. Há a camada de comerciantes, em que transações B2B e B2C ocorrem; a camada de orquestração de stablecoins, que envolve soluções para conectar stablecoins a contas fiat, on e off ramps e pagamentos globais; a camada de FX e liquidez, responsável pela conversão entre stablecoins, moedas fiduciárias e stablecoins regionais; e, por fim, a camada de emissão de stablecoins, que envolve empresas que criam suas próprias moedas digitais ou oferecem soluções de marca branca para o mercado. Cada uma dessas frentes desempenha um papel essencial na consolidação das stablecoins como alternativa viável no sistema financeiro.

A evolução desse ecossistema já supera muitas redes de pagamento convencionais, principalmente em regiões sub-bancarizadas. As vantagens são evidentes: custos reduzidos em comparação com sistemas tradicionais como SWIFT, transações instantâneas que eliminam longos prazos de compensação e maior acessibilidade, permitindo que qualquer pessoa com conexão à internet envie e receba valores.

No entanto, a expansão desse mercado também gera preocupações. Embora stablecoins como USDC e USDT aumentem a demanda global pelo dólar, sua popularização pode, no futuro, ser vista como uma ameaça à soberania da própria moeda americana. Esse dilema regulatório é um dos fatores que tornam o setor tão dinâmico e imprevisível.

A infraestrutura necessária para esse novo ambiente financeiro deve garantir eficiência, transparência e conformidade com regulamentações internacionais. Soluções como a Parfin Platform foram desenvolvidas justamente para conectar todas as partes desse ecossistema de maneira segura, viabilizando pagamentos internacionais, remessas e conversões entre moedas digitais e fiduciárias, sempre em conformidade com regulamentações locais e globais.

Governança e compliance são fatores críticos para o crescimento sustentável do setor, com a implementação de camadas de aprovação rigorosas e processos robustos de AML (Anti-Money Laundering), garantindo segurança para todos os participantes do mercado.

O setor de stablecoins ainda está em fase de consolidação, mas sua adoção tende a crescer à medida que regulações sejam estabelecidas e soluções tecnológicas tornem sua integração mais fluida. O futuro das finanças globais passa pelo desenvolvimento de uma infraestrutura sólida e interoperável, permitindo que empresas, instituições financeiras e consumidores possam operar com stablecoins e blockchain de forma segura e eficiente. A revolução financeira já está acontecendo, e o desafio agora é garantir que ela seja construída sobre bases que assegurem a estabilidade e a confiabilidade necessárias para um mercado global em transformação.

*Marcos Viriato é CEO e cofundador da Parfin.

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