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Sistema financeiro será tokenizado e stablecoins serão grande parte disso, diz presidente da Ripple

Gigante cripto aguarda aprovação de autoridades regulatórias nos EUA para lançar stablecoin própria que deverá ser “ponte para a tokenização”

 (Ripple/Divulgação/Divulgação)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 17 de outubro de 2024 às 09h29.

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Projeções de especialistas prevêem que o mercado de tokenização de ativos pode atingir a casa de US$ 2 trilhões até 2030. Como uma das principais novas apostas de empresas do setor de criptoativos, a tokenização pode ser responsável por uma grande mudança no sistema financeiro tradicional. Monica Long, presidente da Ripple, acredita que esta é uma grande possibilidade e que as stablecoins, moedas digitais lastreadas em ativos como o dólar, serão “grande parte disso”.

“No ponto de vista do mercado, certamente no Brasil e outros países da América Latina há um forte apetite para stablecoins. Nós pensamos que o mercado vai continuar expandindo. Eu acho que é 170 bilhões de dólares hoje e é projecido a chegar a dois trilhões de dólares em 2030”, disse ela em entrevista exclusiva à EXAME.

Na última terça-feira, 15, a Ripple anunciou detalhes sobre o seu projeto de stablecoin. Chamado de RLUSD, a moeda ainda depende da aprovação de autoridades norte-americanas para o lançamento. No entanto, Monica afirmou durante o evento Ripple Swell 2024 em Miami, que o RLUSD está “operacionalmente pronto”. Brad Garlinghouse, CEO da Ripple, afirmou em entrevista à EXAME que a aprovação pode acontecer “em breve”.

“Eu acho que isso deve ser todo tokenizado. Todo tokenizado? As stablecoins devem ser uma grande parte disso. O ponto é que o mercado vai continuar expandindo”, disse Monica Long em entrevista exclusiva à EXAME.

Stablecoin como uma “ponte” para a tokenização

Monica acredita que stablecoins podem facilitar casos de uso importantes para a tokenização atingir a adoção em massa. Além da possibilidade de dolarização e fuga da alta volatilidade das criptomoedas tradicionais, as stablecoins também servem como “on-ramp” e “off-ramps”, ou seja, trilhos de entrada e saída para o mercado cripto, conforme mencionado pela executiva em entrevista exclusiva.

“Eu acho que essa tendência [de tokenização] vai ser diferente do que vimos com ICOs ou memecoins. Eu acho que tokenização é representar assuntos que já têm estruturas de mercado em torno deles, como os mercados de capitais, e colocá-los em marcha para ganhos eficientes. Porque se você pensa em alguns dos primeiros emissores, como o BlackRock, o Franklin Templeton, são grandes manejadores de dinheiro institucionais. Então eu acho que o que eles estão tentando fazer é criar mais ganhos de eficiência operacional contra o que você viu no passado”, concluiu a executiva.

*A jornalista viajou para Miami à convite da Ripple para o evento Swell 2024.

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