(Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 20 de julho de 2024 às 11h00.
O Brasil registra uma tentativa de fraude a cada três segundos. É praticamente o tempo que você levou para ler essa frase. O segmento econômico mais atacado é o de bancos e cartões, respondendo por 48% do total, segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian. Para barrar esses ataques, o setor financeiro investe permanentemente em ferramentas tecnológicas de última geração, como biometria facial, criptografia e verificação cadastral automática.
A segurança cibernética é uma prioridade para o setor financeiro (se não fosse assim, os prejuízos seriam bilionários). Em geral, pensamos no uso de novas tecnologias, entre elas a inteligência artificial generativa, no aperfeiçoamento da performance das operações e na experiência do cliente. No entanto, elas também são importantes parceiras no aumento da resiliência e no combate às fraudes.
Uma das grandes aliadas da atualidade é a computação em nuvem. A mais recente pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária revelou que 100% das instituições financeiras pesquisadas utilizam aplicações na nuvem, que é considerada uma tecnologia viabilizadora de agilidade operacional, flexibilidade e escala. Em 2023, esse percentual era de 62%.
Na principal feira do setor financeiro do país, a Febraban Tech 2024, grandes instituições compartilharam o status de sua migração para a nuvem, como o Itaú Unibanco, que já tem 62% dos seus serviços rodando nesse ambiente, e o Santander, com 90%, sendo 50% do total na nuvem pública.
De acordo com a pesquisa da Febraban, a maioria das instituições financeiras prevê um aumento dos investimentos em nuvem nos próximos meses. Isso porque, além de viabilizar agilidade operacional, flexibilidade e escala, a nuvem é o berço da inovação. Sem a nuvem é impraticável analisar grandes volumes de dados ou adotar soluções de inteligência artificial e machine learning, independentemente da finalidade.
Estes dados confirmam algo que temos observado nos últimos anos: um amadurecimento da jornada para a nuvem, o que levou a uma melhor compreensão sobre como traçar estratégias de uso e de otimização . Ficou claro, também, que a nuvem é segura, mas que segurança é uma tarefa compartilhada.
O cliente é responsável pela segurança da carga trabalho, o que chamamos de “segurança em nuvem”, enquanto provedores como a Amazon Web Services (AWS) respondem pela “segurança da nuvem”, ou seja, a infraestrutura onde os serviços são executados.
Nossa infraestrutura central é construída para satisfazer os requisitos de segurança e governança de organizações militares, bancos globais e outras de alta sensibilidade, respaldados pelas certificações pertinentes.
Infelizmente, não vemos no horizonte a redução das tentativas de fraudes e ataques cibernéticos. Mas sabemos que os investimentos, as iniciativas das instituições financeiras e as tecnologias para combatê-los são adversários difíceis de derrubar. Se cada um de nós, como usuário, fizer a sua parte, seremos um time imbatível.
*Rodrigo Bessa é diretor do segmento de Serviços Financeiros da AWS Brasil. Há sete anos na empresa, já liderou as áreas de Startups e Negócios Nativos Digitais. Formado em Economia, Bessa tem 20 anos de experiência na indústria de TI, parte deles como líder de organizações na Ásia e Europa. Iniciou sua carreira como trader de derivativos e ações da Bolsa de Valores.
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