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Santander vai oferecer negociação de bitcoin e ether para clientes na Suíça

Braço do banco espanhol voltado para clientes de alta renda vai oferecer compra e venda de criptomoedas

Braço do Santander vai oferecer operações com criptomoedas (Santander/Divulgação)

Braço do Santander vai oferecer operações com criptomoedas (Santander/Divulgação)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 23 de novembro de 2023 às 18h10.

O Santander Private Banking International, braço do banco espanhol voltado para clientes com alto poder aquisitivo, anunciou nesta semana que vai lançar serviços de negociação e custódia de bitcoin e ether para os seus clientes com conta na Suíça, permitindo que eles comprem e vendam essas criptomoedas.

De acordo com informações divulgadas para o site CoinDesk, o serviço será oferecido para esses clientes apenas mediante uma solicitação junto aos seu gerente de conta. A ideia é que a custódia de criptoativos seja feita de forma regulada, com o banco guardando as chaves privadas da carteira do cliente.

"A regulamentação suíça relacionada aos ativos digitais é uma das primeiras e mais avançadas do mundo, pois proporciona clareza e um ambiente regulatório abrangente para nossos clientes", destacou John Whelan, head criptoativos e ativos digitais do Santander ao justificar a decisão.

Segundo Whelan, "como a participação das criptomoedas como uma classe de ativos alternativa continua a se expandir, esperamos que nossos clientes prefiram confiar nas instituições financeiras existentes para serem responsáveis ​​por seus ativos".

O Santander comentou ainda que pretende expandir nos próximos meses a oferta de criptomoedas disponíveis para negociação e custódia, indo além do bitcoin e do ether. Ele não informou quais ativos poderão ser incluídos, mas destacou que eles precisão atender a alguns critérios do banco.

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Aproximação do Santander com ativos digitais

O anúncio do Santander, apesar de ser limitado à Suíça, é mais um passo na aproximação do banco espanhol - um dos maiores do mundo - em relação ao ecossistema de ativos digitais. Além disso, o Brasil também tem recebido a atenção do banco nessa área.

Em entrevista exclusiva à EXAME para falar sobre o Drex - a versão digital do real - Jayme Chataque, head de ativos digitais e blockchain do Santander no Brasil destacou que o país tem atualmente uma "visibilidade global" e é uma "prioridade extremamente alta" do banco devido ao desenvolvimento da moeda digital.

"Isso [o Drex] encoraja outras iniciativas de tokenização de ativos, inclusive os não financeiros. E tende a aumentar a digitalização. O blockchain tem operações 24 horas, nos sete dias da semana. Na medida em que tem outros ativos tokenizados circulando, é um catalisador para acelerar ainda mais a digitalização", ressalta.

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