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Ross Ulbricht: Trump solta criador de site da Dark Web que vendia drogas e órgãos por bitcoin

Por trás do Silk Road, Ulbricht teve duas condenações de prisão perpétua e estava preso desde 2013 nos EUA

Ross Ulbricht, fundador do site Silk Road (REUTERS/Lyn Ulbricht/Handout)

Ross Ulbricht, fundador do site Silk Road (REUTERS/Lyn Ulbricht/Handout)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 12h01.

Última atualização em 22 de janeiro de 2025 às 12h15.

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Na última terça-feira, 21, Donald Trump anunciou que assinou o perdão para Ross Ulbricht, criador do Silk Road. Até 2013, o site foi uma importante plataforma da Dark Web para vendas dos mais variados tipos de produtos e serviços, incluindo drogas e órgãos humanos, comercializados por meio do pagamento em bitcoin.

Preso desde 2013, Ulbricht teve duas condenações de prisão perpétua em 2015 nos Estados Unidos. "Eu queria capacitar as pessoas a fazer escolhas em suas vidas e ter privacidade e anonimato", disse Ulbricht em sua sentença em maio de 2015.

Durante sua campanha para Presidência no último ano, Donald Trump prometeu conceder o perdão e soltar Ulbricht da cadeia. A promessa foi cumprida pouco depois de sua cerimônia de posse, no último dia 20. Segundo o novo presidente, ele também ligou para a mãe de Ulbricht para informar do perdão.

“Lunáticos”

"A escória que trabalhou para condená-lo eram alguns dos mesmos lunáticos que estavam envolvidos na moderna armamentização do governo contra mim. Ele recebeu duas sentenças de prisão perpétua, mais de 40 anos. Ridículo!", publicou Trump na rede social Truth Social na última terça-feira, 21.

Entre as acusações pelas quais Ulbricht foi considerado culpado estão a conspiração para cometer tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e invasão de computadores.

Bitcoin

Na época de funcionamento do Silk Road, o bitcoin era uma inovação ainda em seus primeiros passos. Restrito aos usuários mais assíduos da internet, acabou se tornando a moeda da Dark Web, já que muitos o consideravam "irrastreável".

No entanto, a investigação do caso Silk Road colocou o governo dos Estados Unidos como um dos maiores detentores de bitcoin do mundo graças às apreensões realizadas.

Desde então, a criptomoeda atraiu um número cada vez maior de investidores ao longo dos anos, devido a sua forte valorização. Deixando de ter seu uso primário como moeda de troca, o bitcoin foi reconhecido por diversos gigantes do mercado como o "ouro digital", incluindo Larry Fink, CEO da BlackRock.

Recentemente, o governo dos Estados Unidos recebeu uma autorização para vender US$ 6,5 bilhões em bitcoins apreendidos na investigação do Silk Road. A Senadora Cynthia Lummis, no entanto, questionou a venda, citando prejuízos anteriores.

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