(Sawitree Pamee / EyeEm/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 29 de julho de 2021 às 11h53.
Última atualização em 29 de julho de 2021 às 11h55.
Ferramentas de análises de blockchain mostram que, nos últimos dias, mais de 100 mil bitcoins, equivalentes a mais de 4 bilhões de dólares, foram retirados de corretoras de criptoativos. Apenas na Binance e na Coinbase Pro, mais de 57 mil bitcoins deixaram as exchanges rumo à carteiras pessoais - o maior número desde abril.
A métrica é importante porque, segundo especialistas, pode indicar interesse dos investidores em guardar a criptomoeda, já que, geralmente, criptoativos são deixados em exchanges quando seus proprietários estão propensos a realizar vendas ou trocas. Quando são retirados das corretoras e enviados para carteiras de custódia, indicam que os investidores estão guardando o ativo com foco em prazos maiores, o que diminui a oferta e o fluxo de vendas.
De acordo com dados dos sites Bybt e CryptoQuant, o volume de bitcoin nas corretoras de criptoativos caiu para os níveis registrados em maio. Dados publicados na quarta-feira mostram que nos dois dias anteriores, quase 60 mil bitcoins deixaram as exchanges Coinbase e Binance, duas das maiores do mundo, em direção à carteiras pessoais.
"A reserva de bitcoin nas exchanges está caindo do penhasco. Fluxo de mais de 100 mil bitcoins nos últimos dois dias. Eu não tenha nada mais para dizer além de isso é 'bullish', muito 'bullish'", diz publicação da CryptoQuant, usando termo que significa perspectiva de alta para o mercado.
Apesar desta demanda, que reduz a oferta da criptomoeda e pode ajudar a empurrar o preço do bitcoin para cima, especialistas afirmam que é preciso que o ativo se consolide acima de 40 mil dólares para buscar novos movimentos de alta e novas máximas. Caso contrário, o movimento pode seguir no sentido contrário, buscando suportes na faixa entre 32 e 36 mil dólares. No momento, o bitcoin é negociado perto deste valor, oscilando entre 39.700 e 40.200 dólares.