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Regulador pede proibição da mineração de criptomoedas na União Europeia

Erik Thedéen afirma que os reguladores da UE devem estimular a mineração de prova de participação, modelo que possui um menor consumo energético

Atualmente, as duas principais criptomoedas utilizam o mecanismo de prova de trabalho para validar suas transações (Liliya Filakhtova/Getty Images)

Atualmente, as duas principais criptomoedas utilizam o mecanismo de prova de trabalho para validar suas transações (Liliya Filakhtova/Getty Images)

Coindesk

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Publicado em 19 de janeiro de 2022 às 12h19.

A mineração de criptomoedas utilizando o mecanismo de consenso de prova de trabalho (PoW) deve ser proibida na União Europeia, de acordo com o vice-presidente da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA).

Em uma entrevista ao Financial Times, Erik Thedéen, vice-presidente da ESMA, afirmou que os reguladores da União Europeia devem estimular a indústria de criptomoedas em direção à mineração de prova de participação (PoS), um mecanismo menos prejudicial no que tange ao consumo energético.

"A solução é proibir a prova de trabalho", disse ele. "A prova de participação tem um perfil de consumo significativamente menor".

O modelo de prova de trabalho (PoW) envolve mineradores usando milhares de computadores potentes para resolver problemas matemáticos complexos, a fim de registrar transações no blockchain e serem recompensados com novas moedas. As duas maiores criptomoedas do mundo - bitcoin e ether - usam esse modelo.

A mineração de prova de participação (PoS) possui um menor consumo energético, pois os usuários ganham o direito de registrar transações com base no tamanho do investimento em staking que eles têm na rede. A rede Ethereum tem planos de migrar para um modelo de prova de participação (PoS) ainda este ano.

Atualmente, a UE não representa uma parcela particularmente significativa da indústria de mineração de prova de trabalho (PoW). No momento, a mineração de bitcoin é dominada pelos EUA (participação de 35,4%), Cazaquistão (18,1%) e Rússia (11,23%), de acordo com o Cambridge Centre for Alternative Finance.

No entanto, com a proibição da mineração no último ano pela China, que era quem dominava o mercado anteriormente, preocupações podem surgir entre os administradores da UE, no sentido de repensar a sua participação, anteriormente pequena, na indústria de mineração, que deve crescer naturalmente à medida que os mineradores procuram novas casas.

Texto traduzido por Mariana Maria Silva e republicado com autorização da Coindesk

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