(Getty Images/Getty Images)
Gabriel Rubinsteinn
Publicado em 2 de junho de 2021 às 14h42.
O Google divulgou comunicado nesta quarta-feira, 2, informando que vai atualizar suas políticas de anúncios para empresas de produtos e serviços financeiros. Entre os ajustes, estão novas regras para companhias ligadas ao mercado de criptoativos.
A mudança, que começa a valer no dia 3 de agosto, permitirá que corretoras e carteiras de criptomoedas façam propaganda dos seus produtos e serviços na ferramenta de pesquisa desde que "cumpram os requisitos e sejam certificadas pelo Google".
Para conseguir a autorização da gigante de tecnologia, as empresas precisam "ser (a) devidamente registradas na FinCEN [Rede de Combate a Crimes Financeiros dos EUA] como uma empresa de serviços financeiros e ter pelo menos um estado como transmissor financeiro; ou (b) uma entidade financeira federal ou estadual; estar em conformidade com os requisitos legais relevantes, incluindo quaisquer requisitos legais locais, seja em nível estadual ou federal; e certificar que seus anúncios e páginas de destino estejam em conformidade com todas as políticas do Google Ads".
O novo processo de certificação substituirá o atual, criado em 2018, inicialmente para empresas cujos anúncios tenha como alvo consumidores dos EUA. Segundo o Google, não serão permitidos anúncios de "ofertas iniciais de criptomoedas [ICOs, na sigla em inglês], protocolos de DeFi [finanças descentralizadas], ou qualquer outra forma de promoção de compra, venda ou negociação de criptomoedas ou produtos relacionados" - entre os exemplos estão IDOs, pools de liquidez, endosso de celebridades a criptomoedas, carteiras sem hospedagem e dApps [aplicativos descentralizados] não regulados.
"Como um lembrete, esperamos que todos os anunciantes cumpram as legislações locais em qualquer área que seus anúncios segmentam. Esta política será aplicada globalmente a todas as contas que anunciam esses produtos financeiros", conclui o comunicado do Google.
Empresas ligadas ao mercado de criptoativos ainda sofrem com restrições das "big techs" à publicidade de seus produtos e serviços. Além do Google, o Facebook, também em 2018, impôs uma série de regras que, na prática, inviabilizam esse tipo de ação promocional.