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Repórter do Future of Money
Publicado em 6 de junho de 2023 às 10h02.
Recentemente 14 projetos foram selecionados pelo Banco Central (BC) para iniciar os testes do Real Digital. Entre um grupo de grandes bancos, fintechs e empresas de tecnologia está a Dinamo Networks, atual responsável pela criptografia do Pix e que participará dos testes em um consórcio com a Tecban, Parfin e o Banco da Amazônia (BASA).
O trabalho da Dinamo para os testes do Real Digital envolvem o desenvolvimento de uma solução tecnológica para viabilizar a tokenização da moeda digital brasileira, com lançamento previsto para 2024.
“Acompanhamos o processo de tokenização há um ano e meio. Boa parte dos bancos no brasil são clientes nossos em alguma oferta ligada a TED, Pix, cartão de crédito, e ouvimos deles a ideia de ter projetos ligados a ativos digitais”, disse Marco Zanini, CEO da Dinamo Networks em entrevista à EXAME.
O projeto em parceria com a Tecban, Parfin e BASA ainda não teve seus detalhes divulgados, mas pode envolver as tecnologias propostas pela Tecban no Lift Day, realizado recentemente pelo Bacno Central.
“A ideia da Dinamo é fazer o que a gente faz que é prover recursos de segurança. As transações quando vao trafegar no ambiente do Real Digital entre os participantes, cada um deles precisa assinar todas as transações. Esse processo de assinatura digital tem uma chave e é um processo criptográfico, a gente entra com essa expertise”, explicou Marco Zanini.
Além disso, a custódia das moedas será um ponto de atenção do projeto. ”Se você descobre que alguém roubou a sua senha do banco você consegue trocar ela antes, mas nos ativos digitais o token é o próprio dinheiro, então ele não roubou a sua senha e sim o seu dinheiro. Por isso os bancos precisam guardar isso em um lugar seguro, por isso queremos auxiliá-los nesse processo”, acrescentou.
Mais de 30 projetos com grandes empresas foram submetidos para a seleção do Banco Central e apenas 14 foram aprovados. A seleção não teve seus critérios divulgados, mas pode ter envolvido uma busca do BC por diversidade de ideias e perfis, segundo Zanini.
“O critério na minha opinião é que o BC quis dar uma diversidade de perfis de participantes. Grandes bancos, bancos digitais, empresas de serviços, etc”, disse ele.
A Dinamo Networks, que é responsável pela criptografia do Pix, já possui uma ampla experiência com os movimentos de digitalização financeira.
“Fizemos grandes projetos, mas nada teve um volume igual ao do Pix, que teve mais de R$ 30 bilhões. A maior experiência que tivemos com o Pix, mais do que a robustez da criptografia, a gente percebeu que nesse mercado você precisa ter solução que aguenta essa performance de volume. Essa experiência que absorvemos do Pix levaremos pro piloto do Real Digital. Não adianta trazer uma tecnologia nova que ainda não foi testada em alto volume, não tem certificação de compliance mundial, etc”, disse Marco Zanini à EXAME.
O Real Digital vai ter mais volume. O Real Digital vai ter uma equivalência com o Real normal e com o tempo o dinheiro das pessoas e empresas vai naturalmente migrar pro Real Digital pelos ganhos de tecnologia. Com contratos inteligentes etc. Se esse dinheiro migrar o volume de transação vai ser tão alto quanto o Pix ou até mais”, acrescentou.
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