Future of Money

Real Digital: os possíveis reflexos no sistema financeiro e judiciário nacional

Moeda digital brasileira é testada por grandes instituições e tem lançamento previsto para 2024; entenda suas implicações judiciárias

 (Reprodução/Reprodução)

(Reprodução/Reprodução)

Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 24 de maio de 2023 às 17h31.

Última atualização em 24 de maio de 2023 às 17h58.

Desenvolvido pelo Banco Central do Brasil (BC), o Real Digital será a nova moeda digital brasileira que pretende incorporar novos benefícios pautados em tecnologia com lançamento previsto para 2024. No entanto, especialistas discutem os seus possíveis reflexos no sistema financeiro e judiciário nacional.

Como qualquer mudança significativa no sistema financeiro, há implicâncias no sistema judiciário. Segundo Lucas Rodrigues, sócio do Ernesto Borges Advogados, o Real Digital poderá facilitar uma série de transações, tornar o sistema mais transparente e evitar atividades ilegais.

  • Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

Atualmente, grandes bancos e empresas foram escolhidos pelo Banco Central para testar a nova moeda digital brasileira e propor soluções. Entre as 14 instituições estão BTG Pactual, Bradesco, Microsoft e Visa.

O objetivo é que cada um teste, com base em seu respectivo modelo de negócios, as transações de resgate, emissão e transferência dos ativos financeiros, além, é claro, dos fluxos financeiros decorrentes das negociações desses ativos.

Reflexos no Judiciário nacional

“O Real Digital poderá facilitar a realização de transações internacionais, levando a um aumento na demanda por soluções jurídicas para conflitos transfronteiriços. É claro que isso demandaria do judiciário o desenvolvimento de novos caminhos para lidar com esses casos, por exemplo, o uso da arbitragem internacional e de câmaras de cooperação judicial internacional”, disse Lucas Rodrigues, que é pós-graduado em Processo Civil, Direito Empresarial e em Direito Digital e membro da Comissão de Direito Bancário da OAB/MS.

Quanto às atividades ilegais, ficaria mais fácil rastreá-las a partir do sistema utilizado pelo Real Digital, a DLT, além de reduzir as transações em dinheiro físico, que atualmente representam um desafio para investigações do tipo.

“Ao reduzir transações em dinheiro físico, facilitaria o rastreamento de atividades ilegais, como financiamento de tráfico de drogas e armas, atos terroristas e lavagem de dinheiro. Possibilitando uma amplitude nos mecanismos de investigação e combate ao crime organizado”, disse Lucas.

“A utilização da moeda poderá gerar registros mais claros e precisos das transações digitais, o que tende também a ajudar a esclarecer disputas financeiras e tributárias, saneando e instruindo processos desse nicho”, acrescentou. A rede DLT oferece maior transparência para as transações.

Uma nova era da economia digital está acontecendo bem diante dos seus olhos. Não perca tempo nem fique para trás: abra sua conta na Mynt e invista com o apoio de especialistas e com curadoria dos melhores criptoativos para você investir.  

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:Drex (Real Digital)Banco Central

Mais de Future of Money

Bitcoin: será que já chegamos ao topo?

Inteligência artificial generativa e tokenização: o futuro da propriedade intelectual

Stablecoins: o dólar digital sem fronteiras?

ETFs de cripto: entendendo a tese de investimento em ativos digitais para 2025