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Real Digital ainda não foi emitido e primeiros protótipos devem sair em 2023, dizem responsáveis

Segundo Fenasbac, CBDC brasileira atualmente está em fase de análises de propostas de uso, como parte do chamado Lift Challenge

Projeto do Real Digital está atualmente em fase de recebimento e análise de propostas de possíveis usos no futuro (alengo/Getty Images)

Projeto do Real Digital está atualmente em fase de recebimento e análise de propostas de possíveis usos no futuro (alengo/Getty Images)

Apesar de circularem notícias de que o primeiro protótipo do Real Digital seria emitido na semana passada, o movimento não ocorreu. A informação foi confirmada à EXAME pela Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac), que ressaltou que isso só deve ocorrer no primeiro semestre de 2023.

A organização é responsável por organizar o Lift Challenge, espécie de desafio que reúne empresas com projetos de possíveis formas de uso da moeda digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) do Brasil.

"A Fenasbac esclarece que não houve e que não está previsto a emissão do Real Digital dentro do escopo e da vigência do laboratório Lift Challenge: Real Digital", informou a entidade por meio de nota.

(Mynt/Divulgação)

De acordo com a Fenasbac, o Lift Challenge é um laboratório que explora casos de uso e tecnologias que permitirão a criação da moeda digital. Nesse sentido, a emissão dela, ou de uma versão inicial, " é mais condizente com a próxima fase de desenvolvimento da CBDC brasileira, a fase piloto de projetos, ainda não selecionados, prevista para iniciar no primeiro semestre do ano que vem".

Pelo plano da federação, o Lift Challenge terminará entre o fim de 2022 e o início de 2023. Começará então a fase de testes de projetos pilotos, prevista para se estender até a primeira metade de 2024.

A EXAME também entrou em contato com o Banco Central para falar sobre o assunto. A autarquia informou que "a iniciativa do Real Digital se encontra em uma fase inicial de testes", onde ocorre a apresentação de proposta de casos de uso.

As empresas selecionadas para o Lift Challenge "têm a liberdade de escolha para a plataforma tecnológica em seu projeto. Cada projeto emite sua própria versão fictícia de moeda digital, para uso na simulação do sistema que implementa o caso de uso proposto".

"Essas versões fictícias de moeda digital são apenas artifícios tecnológicos que viabilizam testes dos protótipos em desenvolvimento e não tem nenhum valor monetário real atrelado a elas", explica o Banco Central.

O comunicado observa que podem ter ocorrido emissões de moedas fictícias, mas que elas não são o Real Digital ou um protótipo dele, e destaca ainda que "o momento ideal para a primeira emissão desse tipo em cada projeto depende de sua dinâmica de evolução".

Atualmente, o Lift Challenge conta com nove projetos, das seguintes integrantes:

  • Aave;
  • Banco Santander Brasil;
  • Febraban;
  • Giesecke e Devriente;
  • Itaú Unibanco;
  • Mercado Bitcoin;
  • Tecban;
  • Vert;
  • Visa do Brasil

O Banco Central vê a CBDC brasileira como uma forma de intensificar a digitalização da economia. A ideia é que o Real Digital seja usado em ações como na elaboração dos chamados contratos inteligentes e para facilitar a prevenção a fraudes, inibição de uso de dinheiro falsificado e o rastreamento das transações e quantias usadas em casos como lavagem de dinheiro.

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