Número de corretoras de criptomoedas que fecharam as portas no último mês foi elevado (D3sign/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2022 às 17h57.
A queda do mercado cripto ao longo de 2022, intensificada durante o mês de junho, não afetou apenas o preço do bitcoin e das outras criptomoedas, mas também atingiu duramente as empresas que atuam neste setor. Em maio, uma onde de demissões tomou conta das principais corretoras cripto, e em junho a situação ficou ainda mais grave, com o fechamento de várias delas.
Um levantamento publicado pelo site Finbold mostram que no dia 6 de julho eram 500 empresas desse tipo ao redor do mundo - o número considera dados do site CoinMarketCap. Isso significa que, nos 30 dias anteriores a esta data, pelo menos 25 corretoras cripto - ou exchanges, como são mais conhecidas - fecharam as portas.
O levantamento utilizou ferramentas que arquivam páginas da web para comparar os dados do CoinMarketCap referentes ao total de exchanges em operação no mundo do dia 6 de julho com os dados de um mês antes.
A desvalorização do bitcoin e das criptomoedas de forma geral são a principal razão pelas falências do último mês, que registrou números terríveis para a maioria dos ativos digitais em termos de preço. Com a queda, o volume negociado diminui e, mais do que isso, as posições dessas empresas em criptomoedas também é afetada negativamente, tornando muito mais difícil sustentar o negócio. Importante considerar, também, que fatores macroeconômicos como aumento da inflação e dos juros também dificultam a operação das exchanges.
Apesar do número negativo no último mês, uma outra comparação, feita pelo site Portal do Bitcoin, utilizando as mesmas fontes e ferramentas, mostra que, no último ano, o número de exchanges em operação aumentou consideravelmente. Mesmo descontadas as 25 falências recentes, o mundo tem hoje 116 mais empresas deste tipo em operação do que há um ano.
Recentemente, a situação precária de companhias como Three Arrows Capital, BlockFi e Voyager Digital, entre outras, fez com que o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, atuasse como credor, a fim de recuperar as empresas e evitar maiores turbulências no mercado. Ele chegou a dizer que muitas corretoras criptos estão "secretamente insolventes", dando a entender que novas falências podem vir à tona. Mais recentemente, ele afirmou ter cerca de US$ 2 bilhões disponíveis para ajudar empresas do setor, mas reforçou acreditar que "o pior já passou".
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