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Quantidade de ethers depositados na rede Ethereum supera R$ 115 bilhões

Criptomoedas ainda não podem ser sacadas; processo faz parte do novo mecanismo de consenso do blockchain

Ethereum passou por atualização em setembro de 2022 (Jack Taylor/Getty Images)

Ethereum passou por atualização em setembro de 2022 (Jack Taylor/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2023 às 11h41.

A quantidade de ethers depositados na rede blockchain Ethereum superou a marca de 16 milhões nesta semana. O valor é equivalente a cerca de US$ 22,38 bilhões (R$ 115,10 bilhões) considerando a cotação atual da criptomoeda, e também representa 13,28% de toda a oferta em circulação do ativo.

A opção de depositar a criptomoeda na rede surgiu em 2020, quando o blockchain lançou seu contrato inteligente para o processo, conhecido como staking. Os ethers são depositados na chamada Beacon Chain, que é a rede usada no novo mecanismo de consenso.

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Entretanto, foi apenas em setembro de 2022 que esse novo mecanismo de consenso da Ethereum passou a funcionar. Com a atualização "The Merge", o blockchain passou da prova de trabalho (proof-of-work) para a prova de participação (proof-of-stake) como forma de validar transações e gerar novos ethers.

Com a mudança, os mineradores deram espaço para os validadores - as pessoas que garantem a veracidade das transações que ocorrem na rede. Para se tornar um validador, é necessário depositar uma determinada quantidade de ethers na Beacon Chain.

O depósito das criptomoedas na Ethereum rende um valor mensal, mas os validadores ainda não conseguem sacar os valores depositados. A expectativa é que a opção de depósito seja incluída na rede na próxima atualização, batizada de Shanghai, prevista para março de 2023.

O crescimento na quantidade de ethers depositados no blockchain é considerado positivo por indicar um aumento na segurança da rede, além de sinalizar uma adoção maior ao projeto. Segundo a Nansen, são cerca de 92,5 mil usuários com depósitos, representando 498 mil validadores ativos.

Uma das principais críticas à Ethereum após a atualização é o aumento da concentração de poder em torno de algumas grandes empresas que realizaram depósitos significativos. As corretoras de criptoativos, em especial, oferecem o serviço de staking na rede para seus clientes.

Os quatro maiores validadores atualmente na rede - o coletivo Lido e as exchanges Coinbase, Kraken e Binance - controlam 55,88% de todo o ether depositado no blockchain, o que gerou temores de uma centralização no processo de validação.

Já os responsáveis pela Ethereum argumentaram que essa centralização tende a diminuir quando os saques de ether forem liberados. Desde o "The Merge", a rede passou por uma série de mudanças, e uma das principais foi que sua criptomoeda reforçou seu novo potencial deflacionário.

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