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Preço do ovo salta nos EUA e supera alta do bitcoin no início do governo Trump

Criptomoeda valorizou cerca de 2% desde o início do governo de Donald Trump, mas ovos tiveram alta muito maior no mesmo período

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 17h49.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2025 às 17h57.

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O mercado de criptomoedas tem reagido rapidamente a cada novo acontecimento ligado ao governo de Donald Trump. A vitória do política nas eleições presidenciais do país em novembro de 2024 foi suficiente para fazer o bitcoin disparar e ultrapassar os US$ 100 mil. Mas, nos primeiros dias do governo do político, o preço do bitcoin não acumula a maior alta no mercado.

Na verdade, dados divulgados recentemente pelas autoridades norte-americanas indicam que o desempenho da criptomoeda ficou bem atrás da disparada do preço do ovo. Enquanto a criptomoeda é um ativo financeiro que tem ganhado espaço entre investidores, o ovo já é um alimento popular, antigo e tradicional no mercado.

Segundo especialistas, o salto recente no preço do ovo está ligado a um surto de gripe aviária nos Estados Unidos, obrigando o abate de milhares de galinhas e, portanto, reduzindo a oferta disponível do alimento. Como a demanda pelo produto se manteve, os preços têm subindo fortemente nas últimas semanas.

Dados reunidos pelo site de notícias Protos e divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos indicam que, desde o início do governo Trump, em 20 de janeiro, o preço de uma dúzia de ovos brancos grandes saltou de US$ 4,85 para US$ 7,43 na média nacional. Uma alta de 53%.

Por outro lado, no mesmo período, o bitcoin acumula uma valorização de cerca de 2%. Por mais que a comparação entre a criptomoeda e o ovo não seja direta, afinal os dois possuem utilidades diferentes e seus preços são determinados por fatores distintos, a comparação ilustra tanto a alta significativa do alimento quanto o desempenho aquém do esperado do bitcoin.

No caso da criptomoeda, analistas consideram que o começo de ano foi marcado por uma lateralidade e pela dificuldade do ativo se manter acima dos US$ 100 mil. De um lado, ele segue prejudicado pelas incertezas no mercado em relação ao futuro da política monetária dos Estados Unidos.

Do outro, as ameaças de taxação e guerras comerciais de Donald Trump prejudicam o ativo, que também chegou a ser derrubado pelo "efeito DeepSeek". Ao mesmo tempo, alguns investidores mostraram uma decepção com o início do governo Trump, esperando ações mais concretas e sinalizações mais amplas do presidente em relação ao ativo, o que ainda não ocorreu.

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