Nomes importantes em todo o mundo discutem a possibilidade de as criptomoedas serem usadas pela Rússia para driblar as sanções econômicas (NurPhoto/Getty Images)
Enquanto o Banco Central da Rússia se mantém contra o uso das criptomoedas no país, o bitcoin atinge novas máximas históricas em relação ao rublo, moeda oficial russa. Na madrugada desta terça-feira, 8, a maior criptomoeda do mundo chegou a valer pouco mais de 5 milhões de rublos, a maior cotação da história para o par.
Apesar de soar positiva, a notícia pouco beneficia os investidores russos. Desde o início da guerra com a Ucrânia e a aplicação de sanções econômicas por parte de países em todo o mundo, a moeda oficial russa sofre um declínio expressivo, saindo de 0,0122 em 24 de fevereiro, para os atuais 0,0079 em relação ao dólar.
O uso das criptomoedas como uma forma de evadir as sanções tem sido muito debatido nas últimas semanas. Nomes importantes como a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, e o ministro da Economia da França, Bruno LeMaire, afirmaram estar planejando uma série de medidas para evitar que isso aconteça. Hillary Clinton, ex-secretária de Estado dos EUA, chegou a pedir que o presidente Joe Biden impedisse a negociação de criptomoedas por parte do governo russo.
No entanto, especialistas opinam que o país não tem como driblar sanções por meio da tecnologia blockchain. Jake Chervinsky, diretor da Blockchain Association nos Estados Unidos, afirmou que as capacidades atuais do mercado de criptomoedas são “muito pequenas, caras e transparentes para serem úteis para a economia russa”.
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