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Pesquisa do Fed revela que 40 milhões de americanos usam criptomoedas

Pela primeira vez, as criptomoedas fizeram parte de uma pesquisa do Fed, que revelou que 13% das pessoas que usam cripto não têm cartões de crédito

A pesquisa, que foi realizada entre os meses de outubro e novembro com 11.000 pessoas (Yuriko Nakao/Getty Images)

A pesquisa, que foi realizada entre os meses de outubro e novembro com 11.000 pessoas (Yuriko Nakao/Getty Images)

Uma nova pesquisa realizada pelo Fed, o banco central dos EUA, revelou que pessoas que não são atualmente atendidas pelo sistema bancário tradicional são duas vezes mais propensas a usar criptomoedas. De acordo com o relatório, 13% dos americanos que usam cripto como forma de pagamento não têm uma conta bancária.

O número representa o dobro dos 6% de entrevistados que afirmaram não usar os ativos digitais de nenhuma forma. No total, o órgão estima que 12% da população dos EUA investiu ou usou criptomoedas como o bitcoin ou o ether no ano passado, o equivalente a quase 40 milhões de pessoas.

A pesquisa, que foi realizada entre os meses de outubro e novembro de 2021 e ouviu 11.000 pessoas, foi a primeira do banco central norte-americano a incluir perguntas sobre criptoativos desde sua primeira edição, realizada em 2013.

(Mynt/Divulgação)

O texto revela que 27% dessas pessoas que já usam cripto não têm cartões de crédito, número 10% maior do que o de pessoas que não têm cartões e não usam cripto. “Aqueles que têm criptomoedas somente para fins de investimento tem uma renda desproporcionalmente maior, quase sempre um relacionamento tradicional com um banco e, geralmente, têm outras poupanças para a aposentadoria”, destaca o relatório, acrescentando que 46% desses investidores têm renda superior a US$ 100.000 anuais, enquanto somente 29% tinham renda inferior a US$ 50.000.

Quando se trata de economia para a aposentadoria, os investidores em cripto são muito menos prováveis a terem contas somente para essa finalidade, apesar da porcentagem de quem investe para a aposentadoria e não usa cripto ou que usa somente como meio de investimento ser praticamente a mesa – 29% e 27%, respectivamente.

A relação entre o Fed e o setor cripto é de altos e baixos. Foram diversas as ocasiões em que os investidores temeram o banimento do setor em solo norte-americano, o que, felizmente, não aconteceu. No entanto, em um evento realizado em janeiro, o presidente do órgão, Jerome Powell, voltou a pedir com uma urgência uma regulação da classe de ativos, incluindo as CBDCs e até as stablecoins.

Powell disse: “Vamos trabalhar com os bancos centrais em todo o mundo para gerar um consenso sobre a inovação financeira. Isso inclui CBDCs, stablecoins, criptomoedas sem lastro etc. Nosso papel é garantir que a inovação ocorra com segurança”.

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