Investimento em criptomoedas demanda planejamento (Reprodução/Reprodução)
Especialista em criptoativos
Publicado em 7 de janeiro de 2024 às 10h00.
Investir só em bitcoin não vai aumentar exponencialmente os ganhos do seu portfólio. Os maximalistas podem não gostar muito, mas a questão é que, da criação da moeda até hoje, muita coisa mudou. O mercado de ativos digitais evoluiu de uma forma inimaginável até poucos anos atrás e, atualmente, é um multiverso de tecnologias que merecem a nossa atenção.
O bitcoin foi o primeiro ativo cripto a prosperar graças ao uso do blockchain e, desde 2009, quando foi feita sua primeira transação, outras criptomoedas vêm experimentando sucesso na aplicação da tecnologia para solucionar dores que o modus operandi tradicional não conseguiu.
Um olhar mais apurado para essas cripto alternativas, chamadas também de altcoins, pode resultar em ótimos investimentos, com a capacidade de multiplicar os rendimentos do seu portfólio em diversas vezes.
Portanto, se você tem apenas bitcoin, está deixando de colocar dinheiro no bolso. Existem muitos ativos por aí ainda subvalorizados, nos quais eu enxergo assimetrias bem maiores. Aqueles que souberem selecioná-los poderão lucrar bastante no próximo ciclo de alta.
Mas como fazer isso? O que é assimetria e como identificar ativos subvalorizados?
Nesta coluna, vamos responder essas perguntas.
Investir buscando assimetria é uma estratégia que envolve garimpar ativos com potencial de ganho muito maior do que o potencial de perda. É apostar em criptos que apresentam maiores chances de valorização em relação às demais disponíveis no mercado.
Quando aprendemos a identificar criptomoedas subvalorizadas, conseguimos nos posicionar de forma a realizar uma colheita mais robusta. Antes, porém, precisamos aprender a plantar.
Recentemente, decidi excluir dois ativos do meu portfólio que não possuíam assimetria tão positiva. Percebi que elas caíam um pouco aqui, depois subiam um pouco ali, estabelecendo uma espécie de neutralidade, o que não é vantajoso. Julguei que não valia a pena carregá-las.
Eu as substituí por outras duas que tiveram seus propósitos aprimorados ao longo do tempo e atualmente protagonizam narrativas fortes, ou seja, fazem parte das pautas mais em alta no criptomercado, seja na voz da mídia ou de especialistas. Tudo isso fez com que elas criassem assimetrias mais positivas.
As trocas que realizei na carteira são o que chamamos de rebalanceamento, algo que sempre recomendo aos meus alunos. Balancear não é apenas sobre adicionar projetos bons à carteira. É, principalmente, sobre retirar os ruins.
Proteção contra perdas significativas: o investimento assimétrico busca limitar as perdas, proporcionando uma proteção mais eficiente contra quedas acentuadas nos mercados. A estratégia foca em assimetria de risco-retorno, onde o potencial de ganhos supera consideravelmente o risco de perdas.
Aproveitar oportunidades fora do radar: a abordagem assimétrica permite aos investidores explorar oportunidades além das convencionais. Uma possível alocação de recursos em projetos nascentes ou ainda pouco valorizados pode render retornos mais expressivos quando esses ativos ganharem reconhecimento.
Resiliência em ambientes voláteis: permite que os investidores se adaptem a mudanças rápidas e, muitas vezes, capitalizem sobre a volatilidade.
Ganho exponencial com menos investimento: investimentos assimétricos têm o potencial de render ganhos significativos com um aporte inicial relativamente menor. Para quem está começando ou tem recursos limitados, é uma oportunidade de usar menos dinheiro e maximizar o potencial de rendimento.
Inovação e diversificação: a estratégia assimétrica estimula a busca por ativos inovadores e tipos de investimento menos convencionais. Já a diversificação permite a adaptação a mudanças de cenário e a incorporação de novas oportunidades à medida que surgem.
Isso tudo sem falar que a busca pela assimetria vai ajudar o investidor a aprimorar o seu processo de tomada de decisão, já que requer compreensão profunda dos ativos escolhidos através de uma jornada intensiva de pesquisa e avaliação.
Para fazer essa análise, considere as características intrínsecas do ativo, como utilidade e tokenomics, por exemplo, entenda a área em que está inserido e o valor da tecnologia oferecida, faça comparações com outros projetos e examine-o no horizonte geral do mercado. Fiz uma coluna com um passo a passo sobre como analisar uma criptomoeda, você pode ler aqui.
Ninguém tem bola de cristal para prever se essa ou aquela moeda vai estourar e virar a grande narrativa do ciclo. No entanto, ao estudá-las, você consegue identificar as características com potencial de alavancar o projeto ao sucesso.
O grande lance da abordagem assimétrica é, como eu disse há pouco, excluir os ativos ruins do portfólio. Isso é mais importante do que procurar acertar qual será o próximo projeto bombástico.
Iniciativas nascentes e fora do radar podem, em algum momento, ficar grandes, cair na narrativa do mercado e explodir.
Acredito que na cena atual alguns exemplos de projetos com grande assimetria são Ethereum (ETH), alguns DApps (aplicativos descentralizados), ecossistemas DeFi como Maker (MKR), as segundas camadas ou L2, Polygon (MATIC) e redes como a Solana (SOL).
Faça a sua própria pesquisa e tire as suas conclusões. Hoje, a informação é abundante e, sabendo filtrar, é possível construir material suficiente para embasar a tomada de decisão. Além disso, diferentemente da época em que comecei a atuar na criptoesfera, já existem projetos testados e validados, o que deixa o trabalho de seleção menos sofrido.
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