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Passo a passo, a inteligência artificial transforma o setor de seguros

O setor de seguros passa por um momento de grande transformação, e isso é só o começo

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Publicado em 7 de setembro de 2024 às 10h00.

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Por Rodrigo Bessa*

Você reparou que recebe hoje mais sugestões para adquirir um seguro ao fazer uma compra do que recebia alguns anos atrás? Esse é o chamado “embedded insurance”, ou seguro incorporado, uma das tendências do setor. O objetivo é oferecer o serviço no momento ideal da jornada do cliente, ou seja, justamente na hora da compra.

Outra novidade é o seguro on/off, executado sob demanda. Você pode contratar o seguro do seu carro por um dia apenas, ou ativar e desativar seu seguro-viagem quando quiser, diretamente no aplicativo, sem falar com ninguém.

São mudanças que têm uma razão clara: atender ao desejo do consumidor. Os tempos mudaram; a forma como trabalhamos, nos relacionamos e fazemos as atividades de rotina são diferentes de 30 anos atrás. Há novas ameaças.

É por isso que, cada vez mais, as empresas reconhecem que é preciso resolver o problema dos variados perfis de clientes, e não oferecer apenas aquilo que estão habituados e que atende a uma parcela deles.

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Para saber quais são esses perfis, ou, na linguagem do marketing, as “personas”, é preciso recorrer à tecnologia. Mais especificamente, aos dados e à inteligência artificial. Isso vale tanto para entender o que o cliente deseja quanto para calcular o risco, indo muito além dos tradicionais perfis traçados a partir de idade, endereço e renda, e avaliando também o comportamento (como a pessoa dirige, por exemplo) e o padrão de consumo.

Para trabalhar com essa imensidão de dados, as seguradoras tradicionais vêm modernizando suas infraestruturas de tecnologia. A Liberty Mutual, uma das maiores seguradoras de bens e acidentes do mundo, migrou há alguns anos para a computação em nuvem para ganhar agilidade, flexibilidade, facilidade de inovação e de expansão.

A Unimed Seguros migrou suas principais aplicações para a AWS, economizando R$4 milhões por ano, reduzindo em 50% os custos operacionais e ganhando agilidade para entrega de novos projetos. A empresa planeja usar IA para melhorar ainda mais a experiência do usuário e suas operações.

Já a Akad Seguros criou um data lake na AWS para armazenar e acessar dados de 10 anos, permitindo obter insights valiosos sobre o desempenho de cada produto e melhorar significativamente suas operações, como a redução de sinistros de seguros de carga.

A adaptação é fundamental para a sobrevivência tanto das espécies, quanto das empresas. A partir de uma infraestrutura sem servidor é mais fácil, seguro e barato crescer e inovar, uma vez que as mais modernas tecnologias estão a poucos cliques de distância.

Até mesmo a mais recente delas, a IA generativa, pode ser adotada de maneira cada vez mais acessível, com o apoio do prestador de serviço, como a Amazon Web Services (AWS), para a escolha do modelo de linguagem mais adequado ao caso de uso em questão.

É importante observar também que, quando se trata de IA generativa, ter em mãos uma estratégia de dados é fundamental para diferenciar a sua aplicação das demais. As empresas que contam com uma estratégia clara de dados e investem em bases de dados na nuvem têm uma forte vantagem sobre suas concorrentes no que se refere à adoção de IA e à capacidade de inovação.

O mesmo raciocínio se aplica ao Open Insurance, que requer uma infraestrutura robusta, segura, flexível e capaz de cumprir os requisitos regulatórios. Assim como o Open Banking, o Open Insurance prevê o compartilhamento de dados, desde que autorizados pelo cliente, para uma prestação de serviços mais personalizada e conveniente. Novamente, a ideia central é atender à demanda do usuário.

Os serviços de seguro incorporado e on/off são só um gostinho das inovações do setor. Pode apostar: vem uma nova geração de seguros por aí.

*Rodrigo Bessa é diretor do segmento de Serviços Financeiros da AWS Brasil. Há sete anos na empresa, já liderou as áreas de Startups e Negócios Nativos Digitais. Formado em Economia, Bessa tem 20 anos de experiência na indústria de TI, parte deles como líder de organizações na Ásia e Europa. Iniciou sua carreira como trader de derivativos e ações da Bolsa de Valores.

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