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Países de renda baixa e média lideram adoção de criptomoedas, mostra pesquisa

Relatório aponta que, apesar de crescimento em outros países, nações mais ricas ainda concentram volumes negociados no mercado cripto

Adoção de criptomoedas ainda é desigual entre países (Reprodução/Reprodução)

Adoção de criptomoedas ainda é desigual entre países (Reprodução/Reprodução)

Cointelegraph
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Agência de notícias

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 13h45.

A Índia é a grande líder global da adoção de criptomoedas, seguida pela Nigéria e pelo Vietnã, de acordo com um novo relatório publicado pela empresa Chainalysis. No entanto, a América do Norte é responsável por quase um quarto de todo o valor movimentado pelas corretoras de criptomoedas, com os Estados Unidos na liderança.

Para calcular o grau de adoção das criptomoedas, a Chainalysis usou dados de tráfego de 13 bilhões de interações na internet para rastrear cinco categorias de atividade, ponderadas pela paridade do poder de compra per capita (PPP). Ou seja, "se dois países recebessem quantidades iguais de criptomoedas em serviços centralizados, o país com menor PPP per capita ficaria à frente". Essa metodologia ajuda a determinar onde "mais pessoas comuns estão adotando as criptomoedas".

A adoção de criptomoedas diminuiu em todo o mundo, com exceção dos países de renda baixa e média (LMI, na sigla em inglês), como Índia, Nigéria e Ucrânia, a quinta colocada no ranking. Esses países, que reúnem 40% da população mundial, têm relatado o maior índice de adoção de criptomoedas desde o segundo trimestre de 2022, quando o uso em escala mundial começou a cair.

"Isso pode ser extremamente promissor para as perspectivas futuras das criptomoedas. Os países LMI geralmente são países em ascensão, com indústrias e populações dinâmicas e em crescimento. [...] Se os países LMI são o futuro, então os dados indicam que as criptomoedas terão um papel importante nesse futuro", explicou a empresa.

A Ásia Central e Meridional e a Oceania, a Europa Central, Setentrional e Ocidental e a América do Norte são os principais originários de valores recebidos.

Embora a América do Norte tenha tido dominância no mercado de criptomoedas por volume negociado, houve uma queda clara no volume de transações institucionais a partir de abril. A participação das stablecoins nesse volume também caiu significativamente, de 70,3% em fevereiro para 48,8% em junho. O volume ponderado de transações no setor de finanças descentralizadas (DeFi) caiu de mais de 75% em agosto de 2022 para menos de 50% em julho de 2023.

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Divisão regional

A Europa Central, do Norte e Ocidental produziu 17,6% do valor transacionado de criptomoedas. O Reino Unido respondeu por mais de duas vezes o volume da segunda colocada, a Alemanha. Ao mesmo tempo, o Reino Unido ficou em 14º lugar no ranking global de adoção.

No entanto, a França liderou o crescimento no setor de DeFi. As finanças descentralizadas também registraram crescimento na Ásia Central e Meridional e na Oceania, na Europa Oriental e na Europa Central, Setentrional e Ocidental em termos anuais, nos 12 meses encerrados em junho de 2023.

Já a Ásia Central e do Sul e a Oceania foram responsáveis por 19,3% do valor movimentado em corretoras de criptomoedas, com a Índia na liderança e o Vietnã em segundo lugar.

As restrições às criptomoedas na China vêm reduzindo o volume de transações na Ásia Oriental desde 2020. No entanto, o país foi responsável por mais de US$ 75 bilhões movimentados através de exchanges nos 12 meses encerrados em junho, sendo que quase três quartos desse valor passaram por exchanges centralizadas.

No Oriente Médio e no Norte da África, a Turquia teve uma grande predominância no tráfego digital para sites de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês), e a Arábia Saudita liderou o crescimento mundial de transações, com um aumento de 12%.

A Nigéria se destaca em relação a outros países subsaarianos em volume de transações. Essa região é responsável por 2,3% do volume mundial. O bitcoin foi o criptoativo mais popular nessa região, respondendo por 9,3% do volume transacionado, em comparação com 4,2% no leste da Ásia.

Na América Latina, onde a Chainalysis inclui México e Porto Rico, a Argentina e o Brasil são os principais responsáveis pelo volume de transação. O relatório destaca o papel das criptomoedas na proteção dos usuários contra os altos índices de inflação que vigoram na região.

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