Marca é conhecida por incorporar lacres em suas peças (Unsplash/Reprodução)
Amplamente conhecida entre o mundo da moda, a marca de luxo Off-White passou a aceitar criptomoedas como meio de pagamento em suas principais lojas.
Fundada pelo designer Virgil Abloh, a marca gerou uma receita de US$ 7 bilhões no último ano, e passando a aceitar diversas moedas digitais, pretende aumentar ainda mais este número.
A partir de agora, será possível pagar por peças da Off-White com bitcoin, ether, BNB e XRP nas principais lojas da marca em Paris, Milão e Londres. As stablecoins — criptomoedas estáveis — USDT e USDC, que acompanham o preço do dólar americano, também serão aceitas, segundo a Vogue Business.
Como uma forma de driblar as dificuldades impostas pela volatilidade das criptomoedas, a Off-White vai utilizar os serviços do provedor de pagamentos Lunu, como sede em Berlim. A Lunu deve ajudar a marca a manter seus preços corretos por meio de um sistema de arbitragem que atua na conversão de criptomoedas para dinheiro fiduciário, ou seja, moedas como o euro e o dólar.
O sistema é baseado em um conjunto de arbitradores independentes e atribui o preço de mercado para a troca de criptomoedas em moeda fiduciária, enquanto os oráculos do sistema monitoram e verificam as transações em blockchains de terceiros, segundo o website da Lunu, que afirma que a empresa está “fechando a lacuna entre as criptos e o mundo real”.
“Este é outro passo importante no crescimento da marca que olha para o futuro, incluindo tecnologias Web 3.0, entendendo as necessidades e os desejos de sua base de clientes em constante evolução”, afirmou a Lunu em um comunicado à Vogue Business.
Atualmente comandada pela LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton, a Off-White tem como maioria em sua base de consumidores, pessoas da geração Y ou millennial, nascidos entre 1981 e 1996. Coincidentemente ou não, eles também são maioria quando o assunto é a adoção das criptomoedas.
Virgil Abloh, o fundador da marca e designer das principais peças, faleceu em novembro de 2021. Após a sua morte, projetos inacabados envolvendo a tecnologia blockchain foram divulgados por Fred Ehrsam, cofundador da corretora de criptomoedas Coinbase. Segundo ele, Abloh havia enxergado “um grande potencial na nova fase da internet, capaz de mudar o equilíbrio de poder na sociedade a favor dos criadores e artistas”.
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