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O ciclo virtuoso da inclusão e da inovação no sistema financeiro

Olhar para a inovação vem não somente das instituições financeiras, mas também do próprio Banco Central

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 3 de março de 2025 às 15h00.

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Por Rodrigo Bessa*

Entramos em 2025 com a inteligência artificial generativa ainda dominando as conversas no ambiente corporativo. Não é diferente no setor financeiro, um dos segmentos do mercado brasileiro mais adiantados no uso de soluções com IA, resultado de um histórico de investimentos em tecnologia já consolidado em nosso país. E esse olhar para a inovação vem não somente das instituições financeiras, mas também do próprio Banco Central.

Nós vivemos hoje um ciclo virtuoso de inovação e inclusão no sistema financeiro. Vamos olhar para os números: entre 2018 e 2023 o Sistema Financeiro Nacional e o Sistema de Pagamentos Brasileiro registraram um crescimento de mais de 100% no número de usuários ativos, com um salto expressivo a partir do final de 2020, de acordo com dados do Bacen. O que aconteceu nesta data, caso você não se lembre, pode ser resumido em três letras: Pix.

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O impacto do Pix impressiona. Em apenas três anos, ele posicionou o Brasil como o segundo maior mercado mundial em transações em tempo real, atrás da Índia apenas. Em quatro anos, o Pix se tornou o meio de pagamento mais difundido entre os brasileiros, sendo usado por 76,4% da população, segundo o Bacen.

A mágica do Pix é que a transferência direta e sem custos para a pessoa física promove a segurança financeira, a inclusão e o empreendedorismo. Mais usuários podem acessar produtos financeiros e serviços, o que resulta, como consequência, em oportunidade de negócios para os bancos e no crescimento econômico do país.

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Comecei falando do Pix porque ele é pop, mas não é o único serviço de uma agenda de inovação que contempla também o Drex e o Open Finance. O Drex, a moeda digital baseada em tecnologia blockchain, representa um avanço significativo na digitalização da nossa economia.

Ao permitir transações seguras e programáveis por meio de contratos inteligentes, o Drex promete simplificar processos financeiros e ampliar o acesso ao crédito, especialmente para pequenas e médias empresas. Espera-se que a redução da burocracia e dos custos de intermediação financeira viabilizada pelo Drex crie um ambiente mais propício ao desenvolvimento do empreendedorismo e a mais inovação.

O Pix, embora seja o mais popular, é apenas um dos elementos de uma ampla agenda de inovação financeira que inclui também o Drex e o Open Finance. O Drex, moeda digital baseada em tecnologia blockchain, representa um avanço significativo na digitalização da economia brasileira.

Essa nova ferramenta promete revolucionar o setor financeiro ao permitir transações seguras e programáveis por meio de contratos inteligentes; simplificando . Além disso, o Drex tem o potencial de simplificar processos financeiros e ampliar o acesso ao crédito, beneficiando especialmente as pequenas e médias empresas.

A redução da burocracia e dos custos de intermediação financeira proporcionada por esta inovação deve criar um ambiente mais favorável ao empreendedorismo e estimular ainda mais inovações no setor.

Nosso outro astro em ascensão é o Open Finance, modelo aberto onde cada cliente do sistema financeiro pode optar pelo compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central, podendo obter, assim, ofertas mais vantajosas de serviços. O Open Finance também possibilita a movimentação de contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, com agilidade, segurança e conveniência. São iniciativas que impactam a economia e vêm transformando rapidamente a forma como nós brasileiros lidamos com o dinheiro.

O Open Finance, outro pilar dessa revolução financeira, é um modelo que permite aos clientes compartilhar suas informações entre instituições autorizadas pelo Banco Central. Essa inovação oferece aos usuários acesso a serviços mais vantajosos e a possibilidade de movimentar contas bancárias a partir de diversas plataformas, não apenas pelos canais tradicionais dos bancos.

Junto com o Pix e o Drex, o Open Finance está transformando significativamente a economia brasileira e a forma como os cidadãos lidam com o dinheiro, promovendo maior agilidade, segurança e conveniência nas transações financeiras.

Como esse ciclo começou? Alguns passos foram essenciais para chegarmos ao patamar de modernização em que estamos hoje.

O paper “Transformação no Sistema Financeiro Brasileiro – Inovação e Inclusão por meio da Tecnologia”, do ISG, destaca três deles: o novo marco regulatório para os arranjos de pagamentos no Brasil, aprovado em 2013; a concessão de mais independência às fintechs, em 2018; e a definição de diretrizes e requisitos para a contratação de serviços de processamento e armazenamento de dados em nuvem por empresas do setor financeiro, em 2019.

Com esta última medida, as instituições financeiras tiveram a segurança jurídica necessária para adotar a nuvem em conformidade com as normas de segurança e privacidade do setor, incluindo o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de continuidade de negócios e de gestão de risco.

Trata-se de um marco relevante porque a nuvem está consolidada como uma habilitadora da inovação — do Pix, do Drex, do Open Finance, e também de novos produtos e serviços baseados nas mais recentes tecnologias, como a IA generativa.

A infraestrutura baseada em nuvem garante escalabilidade, segurança e disponibilidade ininterrupta para processar milhões de transações via Pix por segundo. No caso do Drex, a nuvem é fundamental para suportar a tecnologia blockchain, assegurando a integridade e a descentralização dos dados, além de facilitar a implementação de contratos inteligentes e aplicações financeiras inovadoras.

A adoção de IA a partir da nuvem, por sua vez, permite às instituições aperfeiçoar seus sistemas de detecção de fraudes, com a identificação imediata de comportamentos suspeitos via análise em tempo real das transações; e aprimorar o atendimento ao cliente, oferecendo soluções mais personalizadas e alinhadas às expectativas dos consumidores entre outras soluções.

O que este ciclo nos mostra é que a inovação estimula a inclusão de milhões de pessoas no sistema financeiro, o surgimento e o crescimento de novos negócios e a competitividade no setor, que por sua vez impulsionam a economia e a criação de novas soluções centradas no consumidor.

*Rodrigo Bessa é diretor do segmento de Serviços Financeiros da AWS Brasil. Há mais de sete anos na empresa, já liderou as áreas de Startups e Negócios Nativos Digitais. Formado em Economia, Bessa tem 20 anos de experiência na indústria de TI, parte deles como líder de organizações na Ásia e Europa. Iniciou sua carreira como trader de derivativos e ações da Bolsa de Valores.

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