Bitcoin disparou mais de 50% em 2024 (Reprodução/Reprodução)
Redação Exame
Publicado em 29 de agosto de 2024 às 10h30.
O mercado de criptomoedas possui uma classe em ascensão: os chamados "milionários" do bitcoin. O grupo reúne investidores que possuem mais de US$ 1 milhão em unidades da criptomoeda e dobrou de tamanho em relação ao ano de 2023, com alta de 111%.
Dados disponibilizados pela consultora Henley & Partners indicam que o número de investidores com uma quantia milionária da criptomoeda chegou à casa de 85,4 mil pessoas em 2024. E, considerando o mercado cripto como um todo, os milionários do setor também cresceram.
O relatório indica que o número de investidores que possuem mais de US$ 1 milhão em unidades de criptomoedas cresceu 95% em relação a 2023, cifra menor que a milionários do bitcoin. O total, porém, é maior: no momento, 172,3 mil investidores se enquadram nessa categoria.
Na análise da Henley & Partners, o crescimento desses grupos reflete a forte valorização do bitcoin entre os anos de 2023 e 2024. Com uma cotação acima da casa dos US$ 61 mil, a criptomoeda acumula uma lata de 136% no acumulado dos últimos 12 meses e de mais de 50% apenas em 2024.
A forte valorização do ativo também beneficia outras criptomoedas, abrindo espaço para outras altas e resultando no crescimento do número de milionários com outros criptoativos. O relatório indica, ainda, uma "enxurrada de capital institucional" no setor, concentrada no bitcoin.
Na avaliação da consultora, essa enxurrada ocorreu após a aprovação em janeiro deste ano dos 11 pedidos de lançamento de ETFs da criptomoeda nos Estados Unidos. Os fundos, que já estão sendo negociados há alguns meses, vêm movimentando montantes bilionários aportados por investidores.
"À medida que as criptomoedas consolidam seu lugar no zeitgeist financeiro, uma nova classe de indivíduos com alto patrimônio líquido surgiu", conclui o relatório. Além do crescimento nos milionários, houve também uma alta de 79% entre aqueles que possuem mais de US$ 100 milhões em criptomoedas e 27% entre os que possuem ao menos US$ 1 bilhão.
Na avaliação da consultora, a aprovação dos ETFs acabou servindo como uma validação importante para o bitcoin, permitindo que os investidores institucionais começassem a investir a criptomoedas a partir de um instrumento financeiro convencional e tido como mais seguro.